O Facebook informou nesta quinta-feira (21) que as senhas de contas de diversos usuários do Facebook e do Instagram estiveram armazenadas sem proteção devido a um erro nos servidores da companhia. A falha já foi corrigida, confirma a companhia, mas deixou expostas informações extremamente sensíveis de muita gente.
“Como parte de uma revisão da rotina de segurança em janeiro, descobrimos que algumas senhas de usuário estavam armazenadas em um formato legível dentro de nossos sistemas de armazenamento de dados”, diz o texto assinado pelo vice-presidente de engenharia, segurança e privacidade Pedro Canahuati.
"Nós corrigimos esses problemas e, como precaução, vamos notificar todos cujas senhas foram encontradas armazenadas dessa forma", prossegue o executivo.
Até 600 milhões de atingidos
Canahuati tenta ser ponderado ao citar “algumas senhas de usuário”, mas ele mesmo fala depois em "centenas de milhões" de usuários do Facebook e "dezenas de milhares" de usuários do Instagram. A estimativa não oficial é de que o número de contas atingidas seja alarmante: entre 200 milhões e 600 milhões.
Apesar disso, o executivo tenta tranquilizar a todos ao garantir que os dados não foram vistos por ninguém. “Essas senhas nunca estiveram visíveis a qualquer pessoa de fora do Facebook, e até o momento não foram encontradas evidências de que alguém de dentro as acessou ou fez mau uso delas”, explica.
É natural que senhas fiquem armazenadas em algum local por sites que as usam para proteger o login, entretanto essas informações normalmente são protegidas com uma espécie de criptografia automática. Isso serve para não as deixar legíveis para qualquer pessoa, e foi exatamente aí que o Facebook errou.
Mais um para a coleção
Esse novo problema do Facebook se juntou à série de falhas cometidas pela companhia ao longo dos últimos anos no tocante ao trato com as informações de seus usuários. Além do escândalo da Cambridge Analytica, a empresa é investigada por esquemas de compartilhamento de dados de usuários, foi acusada de obter informações sem o consentimento das pessoas e apresentou problemas na autenticação de dois fatores.
Se 2018 foi um ano turbulento para a empresa de Mark Zuckerberg, 2019 não dá indícios de ser muito mais tranquilo.
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