Nem mesmo deu tempo de se recuperar da perda de jovens com o ato insano de dois jovens em Suzano, no interior paulista, e o mundo se depara com outro massacre protagonizado por um atirador. Pelo menos 49 pessoas morreram e 48 ficaram feridas em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia. E o pior: o criminoso realizou os ataques com uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
As imagens foram captadas a partir de uma câmera no capacete e mostram o assassino descarregando suas armas em várias pessoas nos corredores de uma das mesquitas. A primeira-ministra neo-zelandesa Jacinda Ardern disse que o “foi um dos dias mais sombrios” de seu país e classificou a ação como um ataque terrorista.
Police are aware there is extremely distressing footage relating to the incident in Christchurch circulating online. We would strongly urge that the link not be shared. We are working to have any footage removed.
— New Zealand Police (@nzpolice) 15 de março de 2019
De acordo com o The New York Times, antes do início da transmissão via Facebook, o autor da barbárie publicou um manifesto supremacista branco de 87 páginas. Quatro pessoas foram detidas como suspeitas e a investigação continua.
Gigantes da tecnologia questionadas
Autoridades e usuários mundo afora questionaram imediatamente as medidas que as gigantes da tecnologia vêm tomando para evitar o compartilhamento desse tipo de conteúdo perturbador em suas plataformas. O Facebook respondeu rapidamente, removendo o conteúdo de sua rede.
These companies all like to tout their ability to fingerprint videos and images to remove them quickly from the web. Are they doing that tonight? Are they actively looking for hashtags promoting the video and their variations?
— Sheera Frenkel (@sheeraf) 15 de março de 2019
"A Polícia da Nova Zelândia nos alertou sobre um vídeo no Facebook logo após o início da transmissão ao vivo e removemos a conta do atirador e o vídeo do ar. Também estamos deletando qualquer elogio ou apoio para o crime e para o autor (ou autores) conforme temos conhecimento. Continuaremos trabalhando diretamente com a Polícia da Nova Zelândia. Nossos sentimentos às vítimas, suas famílias e à comunidade afetada por esse ato horrendo”, declarou Mia Garlick, representante da rede social na Nova Zelândia.
Ainda assim, o vídeo se espalhou rapidamente, principalmente no YouTube, e a Google vem se desdobrando para desativar cada nova reprodução, inclusive em seu mecanismo de buscas.
Our hearts are broken over today’s terrible tragedy in New Zealand. Please know we are working vigilantly to remove any violent footage.
— YouTube (@YouTube) 15 de março de 2019
“Nossos corações estão partidos com a terrível tragédia de hoje na Nova Zelândia. Por favor, saibam que estamos trabalhando de forma vigilante para remover qualquer cena violenta”, postou em sua conta oficial no Twitter.
Fontes
Categorias