Facebook monta “sala de guerra” para monitorar eleições no Brasil e nos EUA

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Facebook admitiu o abuso da plataforma com iniciativas de desinformação nas eleições presidenciais estadunidenses em 2016 e desde então vem reunindo esforços para evitar que as fake news e ações coordenadas de pessoas mal-intencionadas possam interferir em novos pleitos.

Agora, a companhia prepara “salas de guerra” física e digital para combater esse tipo de comportamento no processo eleitoral deste ano no Brasil e nos Estados Unidos — por aqui escolhemos presidente, governador, senadores e deputados em outubro e os ianques selecionam seus novos deputados e senadores em novembro.

Essas centrais de monitoramento estarão na sede da rede social, em Menlo Park, na Califórnia. As equipes reunião diversos departamentos, incluindo os de engenharia e inteligência sobre ameaças, e dados legais e científicos, entre outras frentes. Serão mais de 300 pessoas mobilizadas simultaneamente, enquanto 20 delas estarão nessa base de operações.

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“Vai servir como uma central de comando. Assim poderemos tomar decisões em tempo real, caso sejam necessárias”, adiantou o diretor de gerenciamento de produtos para as campanhas eleitorais e esforços de engajamento cívico do Facebook, Samidh Chakrabarti, em conferência com jornalistas nesta quarta-feira (19).

Brasil já conta com uma força-tarefa especial

Em julho, o Facebook disse que desvendou uma campanha com dezenas de contas e páginas usando o equivalente a US$ 11 mil em anúncios para influenciar pessoas com causas políticas de forma suspeita. O CEO Mark Zuckerberg disse recentemente que de março a outubro mais de 1,3 bilhão de perfis falsos foram desabilitados e a rede social mantém parceria com duas organizações sem fins lucrativos para monitorar a segurança em pleitos e eventos internacionais, a International Republican Institute e a International Democratic Institute.

No Brasil, já há uma reunião de esforços na plataforma para desativar contas que vêm espalhando notícias falsas e a companhia disse que se aliou a companhias de checagem de dados para criar dois bots, capazes de ajudar a reconhecer automaticamente o conteúdo de desinformação antes mesmo que eles se espalhe por aí.

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