Donald Trump recorreu ao seu perfil oficial no Twitter nesta quinta-feira (26) para acusar a própria rede social de realizar um “banimento às sombras” de perfis de membros proeminentes do Partido Republicano. “Investigaremos essa prática ilegal e discriminatória de uma vez por todas!”, bradou o mandatório estadunidense.
Twitter “SHADOW BANNING” prominent Republicans. Not good. We will look into this discriminatory and illegal practice at once! Many complaints.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 26 de julho de 2018
Apesar da assertividade da postagem, Trump não deu qualquer detalhes sobre quais contas exatamente estariam sofrendo com esse o “banimento às sombras”, expressão que designaria uma suposta redução da visibilidade de alguns perfis dentro do Twitter.
Explicações
Seguidores do presidente dos EUA — e ele mesmo — creem que há perseguição contra figuras proeminentes da direita estadunidense por parte da rede social, mas o Twitter nega. Em nota, explica que rankeia os tweets exibidos na linha do tempo e nos resutaldos de busca, que mantém certos critérios para avaliar se uma conta está agindo de má fé e também que políticos de outros espectros ideológicos foram prejudicados por um bug na última quarta.
A rede registra que utiliza um sistema de rankeamento porque "o Twitter é muito mais útil quando é imediatamente relevante". Ainda segundo a nota, estes modelos "levam em consideração muitos sinais para melhor organizar os tweets com uma relevância temporal."
Sobre a questão de pessoas com má fé, o Twitter leva em conta três pontos para identificá-las:
- Indicadores de autenticidade de uma conta: se tem email confirmado, há quanto tempo ela foi criada e quando enviou uma imagem de perfil, por exemplo;
- Tipo de ações ela toma na rede: a quem segue, quais perfis retweeta e por aí vai;
- Como outras contas interagem com ela: quem silenciou, quem segue, quem retweeta, quem bloqueou etc.
Em relação ao suposto “banimento às sombras”, o Twitter alega que a rede social teve um bug na última quarta que impedia a exibição de algumas contas na autossugestão das buscas mesmo quando a o nome do usuário procurado era digitado por completo. A rede não informa quais perfis teriam sido prejudicados pelo problema, mas garante que membros do Partido Democrata também foram vítimas da falha.
O problema, entretanto, era restrito à autossugestão, ou seja, os perfis continuavam acessíveis em suas URLs específicas e suas postagens circulavam normalmente nas linhas do tempo de seus seguidores. O Twitter garante que erro já foi devidamente corrigido e tudo voltou ao normal.
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