Você confia no Facebook? Uma pesquisa realizada pelo grupo Creative Strategies mostra que, nos Estados Unidos, muita gente já desconfiava do Facebook antes mesmo do caso da Cambridge Analytica vir à tona. Visando conferir a opinião de pessoas que estão fora da “bolha tecnológica”, o grupo entrevistou pessoas “do mundo real”.
Após conversar com 1 mil pessoas "representativas em idade e gênero nos Estados Unidos", a pesquisa identificou que 39% afirmaram estar muito consciente sobre o problema que comprometeu dados pessoais de 87 milhões de pessoas no mundo. Outras 37% estão um pouco conscientes, acumulando assim um total de 76% delas de alguma forma informadas sobre a situação.
Crise de confiança
Das mil pessoas entrevistadas, 28% afirmaram que jamais tiveram confiança na rede social de Mark Zuckerberg. Quando questionadas sobre como a plataforma poderia ter a confiança de todos (de quem nunca teve ou de quem já confiou algum dia), 41% dos entrevistados falaram em entender melhor quais dados são compartilhados, enquanto 40% disseram ser importante ter poder de decisão sobre quando compartilhar ou não uma informação.
Um dos pontos avaliados na pesquisa foi a questão da toxicidade dos conteúdos compartilhados: ao todo, 49% das mulheres afirmaram que voltariam a confiar na rede social se ela tratasse de forma mais efetiva deste problema — entre os homens, esse índice chegou a 31%. Para 15% das pessoas, não há nada que o Facebook possa fazer para reconquistar a sua confiança.
Menos audiência
Se a confiança não existe, a tendência é que algumas pessoas deixem de usar a rede social. Segundo a pesquisa, 11% dos entrevistados deletaram o aplicativo do Facebook de seus dispositivos móveis, enquanto 9% não só apagaram o app como também excluíram o seu perfil da rede social.
Uma porção significativa das pessoas consultadas (39%) afirmou que se tornou mais cuidadosa não somente a respeito daquilo que posta na rede, mas também sobre as publicações que curte, tanto de amigos quanto de páginas. Ao todo, 21% dos entrevistados garantiu planejar usar cada vez menos o Facebook no futuro.
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