Na quarta-feira (11), o mundo todo estará com a atenção voltada para o Congresso dos Estados Unidos. A razão? É o dia em que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, vai responder às autoridades sobre questões de privacidade, acerca do escândalo de uso indevido de dados de perfil de 87 milhões de usuários.
O teor do depoimento pode mudar o rumo da regulamentação sobre informações na tecnologia e também da própria rede social. E, para chamar a atenção sobre a preocupação com o assunto, um grupo vem realizando a chamada “Operação Faceblock”, um boicote de 24 horas à plataforma e suas “empresas-irmãs”, como o WhatsApp e o Instagram.
“Escolhemos o dia com forma de mostrar a Zuckerberg e também ao governo dos EUA que queremos mudanças. É responsabilidade do Facebook gerenciar sua plataforma, mas também é dos governos garantir que as empresas protejam os dados e regular os monopólios", diz Laura Ullman, porta-voz da Operação Faceblock.
Laura falou também sobre deletar contas, o que muitos seguidores vêm fazendo depois do caso Cambridge Analytica. “Nem todo mundo tem o privilégio de fazer isso. O Facebook criou um monopólio, e em alguns países o único ponto de entrada na internet é via Facebook. Muitas vezes, é a única fonte de notícias desses lugares.”
Quem quiser participar do protesto pode seguir a hashtag #faceblock e se unir ao evento na própria rede. Antes de falar perante ao Comitê de Energia e Comércio, Zuckerberg deve testemunhar também no grupo do Judiciário e do Comércio, Ciência e Transporte, no Senado norte-americano, nesta terça-feira (10).
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