Os últimos dias têm sido desastrosos para o Facebook, sem nenhuma previsão de melhora imediata. Após a divulgação do uso de dados privados de 50 milhões de usuários da rede social pela campanha do atual presidente dos Estados Unidos Donald Trump, as ações da empresa caíram bastante, acumulando uma desvalorização total de US$ 60 bilhões em dois dias.
Atualmente, os papéis estão valendo US$ 164,07, quase 5% a menos que o preço na segunda-feira (19). Na sexta-feira (16), o Facebook tinha um valor de mercado de US$ 537,69 bilhões, número que caiu para US$ 476,83 bilhões. Não bastando o impacto financeiro, a companhia está sendo investigada pela Federal Trade Comission (FTC), agência do governo dos EUA de proteção aos consumidores.
O caso veio à tona durante o fim de semana — veja aqui uma explicação completa sobre o que aconteceu — e continua repercutindo. Além da investigação da FTC, o Parlamento Britânico solicitou a presença de Mark Zuckerberg para dar mais explicações. A Cambridge Analytica, empresa de consultoria envolvida no caso, trabalhou na campanha da eleição que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia.
O Parlamento Europeu também anunciou que vai abrir uma investigação sobre o caso, com o presidente da instituição, o italiano Antonio Tajani, classificando o ocorrido como “uma violação inaceitável do direito à privacidade dos cidadãos”. Até a tarde desta terça-feira (20), Mark Zuckerberg não havia se pronunciado publicamente sobre o caso.
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