Pesquisadores da Universidade de Cambridge realizaram um estudo para entender melhor como os bots do Twitter se comportam e acabaram descobrindo que as contas com muitos usuários na rede social – mesmo quando controladas por seres humanos – se comportam de maneira muito parecida com aquelas controladas automaticamente por programas.
Os bots de Twitter servem para manter em funcionamento certas contas de maneira automática, usando certo grau de inteligência artificial
Os bots de Twitter servem para manter em funcionamento certas contas de maneira automática, usando certo grau de inteligência artificial, sem a necessidade de alguém fazendo postagens ou retweetando mensagens. Assim, o bot avalia o que deve ser transmitido e faz isso numa grande quantidade, para que o perfil seja bastante ativo.
É algo parecido que acontece em contas com mais de 10 milhões de seguidores, a princípio perfis de celebridades ou outros veículos famosos. Tudo começou com o desenvolvimento de um algoritmo capaz de detectar com precisão de 86% contas que funcionam com bots e para criar esse algoritmo, os pesquisadores analisaram padrões de comportamento em diversos tipos de perfis do Twitter.
Robotização humana?
Com isso, a equipe descobriu que essas contas com milhões de usuários se comportam da mesma maneira que os bots, mesmo quando operadas por humanos – tanto em número de retweets quanto nos tipos de respostas e na frequência de tweets que levam a outros sites. Já quando as contas são menores, o conteúdo veiculado muda bastante.
Zafar Gilani, o chefe da pesquisa, deu sua opinião sobre essa semelhança: “Achamos que isso acontece provavelmente porque os bots não são tão bons na criação de conteúdo original no Twitter, então eles dependem muito de retweets e redirecionam seguidores para sites externos”. Ainda assim, os tweets feitos por humanos recebem 19 vezes mais curtidas e 10 vezes mais retweets do que aqueles criados por bots.
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