Em um discurso veiculado no site da Rádio do Vaticano, o Papa Francisco pediu para que os jovens e adolescentes do mundo não se deixem enganar pela “falsa imagem de realidade” passada pelas redes sociais e por reality shows na televisão. Ele pede que as pessoas foquem em suas vidas de verdade e comecem a criar uma história de vida mais significativa.
O discurso foi feito nesse tom por conta da publicação anterior de uma série de estudos sobre a forma como as redes sociais afetam a vida e o comportamento de adolescentes pelo mundo. Pesquisas encontraram relações alarmantes entre uso excessivo (9 horas por dia) dessas ferramentas — como Facebook, Snapchat, Twitter e outros — com problemas de sono, má nutrição e até com a falta de vontade de praticar atividades físicas.
Mas não sabemos quanto disso é de fato ‘história’, uma experiência que pode ser comunicada e dotada de propósito e significado
“Muitas pessoas dizem que os jovens são distraídos e superficiais. Elas estão erradas! Ainda assim, nós precisamos reconhecer nossa necessidade de refletir sobre nossas vidas e nos direcionarmos para o futuro. Ter um passado não é a mesma coisa que ter uma história. Em nossa vida, podemos ter inúmeras memórias, mas quantas delas realmente são parte da nossa memória? Quantas delas são significantes para o nosso coração e quantas ajudam a dar significado a nossas vidas? Nas redes sociais, vemos rostos de jovens aparecendo em uma vasta quantidade de fotos mais ou menos representando eventos reais, mas não sabemos quanto disso é de fato ‘história’, uma experiência que pode ser comunicada e dotada de propósito e significado”, disse o líder da maior igreja cristã do mundo em seu discurso escrito.
Essa crítica do Papa às redes sociais claramente condena seu uso excessivo, especialmente por adolescentes e jovens adultos, mas ela mais alerta para as possíveis consequências do que qualquer outra coisa. É curioso notar inclusive que o próprio Papa Francisco está no Twitter e tem mais de 10 milhões de seguidores por lá. Ao que parece, para ele, o ideal seria usar essas ferramentas online com moderação em vez de torná-las a parte principal da nossa vida. Você concorda?
Esse discurso deve ser publicado em breve em vídeo, mas você pode conferir o texto completo em inglês aqui.
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