Para Zuckerberg, VR deve levar pelo menos 10 anos para se popularizar

Com a chegada de diversos aparelhos de realidade virtual ao mercado, como o HTC Vive, o Oculus Rift, o PlayStation VR e o Gear VR, muitos devem pensar que essa tecnologia vai simplesmente dominar nossas casas em questão de pouquíssimo tempo. Na opinião de Mark Zuckerberg, no entanto, o caso pode ser completamente diferente: para ele, só veremos esse tipo de acessório se popularizar dentro de dez anos, no mínimo.

A afirmação feita por ele ao jornal alemão Die Welt am Sonntag não veio sem bons pontos, é claro. Na entrevista, Zuckerberg explica que esse período de tempo foi aproximadamente o mesmo que os smartphones levaram para alcançar o sucesso que têm hoje. Ele também admite que não é capaz de prever com exatidão quanto tempo esse mercado levará para amadurecer, mas que não o vê sendo muito mais rápido do que os celulares inteligente.

“Eu honestamente não sei quanto vai levar para construir esse ecossistema. Pode levar 5 anos, pode levar 10 anos, pode levar 15 ou 20. Meu palpite é que ele vai levar pelo menos 10”, explicou o criador do Facebook. “Foram 10 anos para ir da criação do smartphone inicial até alcançar o mercado em massa. O BlackBerry saiu em 2003 e não chegou a cerca de de 1 bilhão de unidades até 2013. Então eu não consigo imaginar que seria muito mais rápido para o VR”, continuou.

Tal expectativa é razoável, de fato, considerando o suporte relativamente pequeno que temos de games e aplicativos para esse tipo de tecnologia; mas acima de tudo, pelo alto preço que esse tipo de equipamento possui atualmente (bem como o custo para ter um computador capaz de rodar esses aparelhos). E ter um dispositivo acessível é essencial para que ele emplaque no mercado.

Zuckerberg, no entanto, lembra que já existem mais de 1 milhão de horas de vídeo em 360 graus disponíveis para os usuários de aparelhos como o Gear VR, o que mostra que o crescimento dessa tecnologia é extremamente veloz. E quando questionado se o futuro, para ele, terá a realidade virtual como o meio de comunicação mais frequente, a resposta é simples: “Com certeza”.

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