Em uma sessão restrita, antes da abertura da feira, a Microsoft convidou algumas pessoas da mídia para conferir o funcionamento de seu novo periférico, o HoloLens. Eu, Guilherme Dias, estive lá representando o Baixaki Jogos. Após uma conferência do espaçamento dos meus olhos, um número foi colocado em meu crachá ainda na fila, a fim de indicar para a equipe dentro da cabine qual era a calibragem do aparelho que eu deveria usar.
Antes de tudo, é importante dizer que o HoloLens não é um concorrente do Project Morpheus da Sony. Enquanto o Morpheus é um aparelho de Realidade Virtual, o headset da Microsoft proporciona uma experiência de Realidade Aumentada. Ok, mas o que isso significa? Diferentemente da RV, em que você adentra em uma dimensão completamente digital, a Realidade Aumentada insere elementos virtuais interativos em meio à sua visão do “mundo real”.
Sendo assim, logo que coloquei o HoloLens, alguns pontos de interesse surgiram em minha frente. Minha visão ficou parecida com a de um HUD de jogos de ficção — como Crysis ou o próprio Halo —, exibindo para onde eu deveria me dirigir e projetando algumas imagens em uma mesa.
A ideia era usar o aparelho para introduzir os jornalistas a uma partida de Halo 5: Guardians. Por isso, um esquema tridimensional da Infinity — nave da UNSC em Halo 4 — surgiu, de forma que um cursor ficava no meio da visão e permitia que eu selecionasse partes da aeronave e visse explicações sobre ele aparecendo.
E aí, funciona?
Em seguida, uma transmissão da Comandante Sarah Palmer — também em formato holográfico — apareceu no display da mesa. O monólogo era um briefing da missão que enfrentaríamos na sala seguinte, jogando o multiplayer de Halo 5.
É difícil para mim dizer o quão “sólidas” são as imagens projetadas na visão do HoloLens, já que nessa demonstração tivemos acesso basicamente a hologramas translúcidos, mas se a ilusão for parecida com aquela do Minecraft demonstrada na conferência da Microsoft... A experiência deve tornar-se bem interessante.
Particularmente, a única coisa que me incomodou foi a área extremamente delimitada em que os objetos apareciam. Bastava direcionar o olhar um pouco para o lado e os hologramas eram cortados, não era uma visão "completa" como o vídeo de demonstração acima sugere. Imagine que você está usando um visor transparente e no meio desse visor há um retângulo azul de 10 cm por 7 cm. Era mais ou menos esse o espaço que delimitava o surgimento das projeções.
Porém, o HoloLens não deixa de ser incrível por ter essa limitação. Vamos lembrar que estamos falando de um aparelho que não usa fios, que reproduz som no próprio arco que envolve a cabeça do usuário e que não está em sua versão final. Esse foi apenas o primeiro contato do público com o aparelho, certamente teremos alguns ajustes até seu lançamento.