A Razer é uma marca que sempre se destacou pelo logo “de gamers para gamers”, numa filosofia que busca equilibrar o gosto dos jogadores com as exigências do mercado. E não é segredo para ninguém que o gamer, em sua melhor acepção, representa um público bem informado e absolutamente antenado com as novidades. Esse nicho é, por tabela, um dos mais exigentes quando o assunto é hardware.
É por isso que o TecMundo teve um amistoso bate-papo com Vitor Martins, Regional Manager da marca para toda a América Latina, na E3 2014. O executivo falou sobre a forte linha de produtos da empresa, os planos para os próximos meses e a expansão da marca na América Latina, especialmente no Brasil, cujo crescimento é exponencial. Além disso, Martins apontou a importância da concorrência e cravou que o país está na mira da companhia.
Sem mais delongas, confira a entrevista na íntegra:
Primeiramente, Vitor, obrigado por seu tempo em falar conosco. Vamos direto ao ponto: como está a linha de produtos da Razer para 2014 e o futuro próximo? O que os jogadores de PC, exigentes como são, podem esperar em termos de novidades?
Boa tarde! Bem, temos a linha de World of Tanks, que está sendo lançada com diversos acessórios, temos também o Junglecat, que é um joystick para iPhone, e estamos lançando, aqui na E3, um programa de desenvolvimento de case de PC com parceiros, que no caso foi com a NZXT.
Então, se houver empresas interessadas em desenvolver um produto com case, basta entrar em contato conosco. Toda a parte de design é feita pela Razer, e a empresa fabrica e vende. Estamos querendo oferecer para o jogador a possibilidade de ter um desktop Razer.
Temos também o Nabu, que chamamos de SmartBand, uma mistura do Fitness Band com um SmartWatch. Basicamente, o Nabu tem todas as funcionalidades de um relógio inteligente, mas com o acréscimo do Fitness Band para toda essa preocupação que hoje existe com saúde e tudo mais. Há uma plataforma aberta, sendo que você pode desenvolver softwares para ele. O produto é compatível com iOS e Android, tem um apelo social, com um sistema que localiza outra pulseira próxima e adiciona cada usuário nas principais redes sociais.
No Brasil, imaginamos um valor entre R$ 399 e R$ 499 para a pulseira, que deve chegar em setembro. O valor é competitivo comparado a outros similares do mercado. E quem é Razer usa os produtos da marca das meias à cabeça, portanto, estamos muito otimistas.
E como a marca está se saindo no Brasil?
Muito bem. Praticamente dominamos o mercado no país. Acessórios para PC, periféricos, é um trabalho muito sólido que fazemos desde 2005. Na época [do início], enfrentamos muitas dificuldades para conseguir entrar no mercado.
Hoje, temos uma força enorme na comunidade, nas lojas, temos uma postura estabelecida. Temos até um estúdio de streaming, que nem mesmo os Estados Unidos têm, com narradores, podcasters e sete máquinas totalmente high-end, em que fazemos streamings que rapidamente alcançam 15, 20 mil pessoas simultaneamente.
São números que, numa escala proporcional, representam muita força. Pense que mal dá para colocar essa quantidade num estádio de Santos, por exemplo, quando alcançamos picos de 40, 50 mil espectadores. Então a marca está fortíssima sim [no Brasil].
E quanto à velha disputa PC x consoles? Qual o seu veredito sobre isso?
Ah, o pessoal estava falando que “os consoles iriam ganhar do PC”, essas coisas... Mas veja aí: um PC de ponta estará sempre à frente dos consoles graficamente. É um mercado em crescimento.
Vocês têm também uma considerável linha de produtos para consoles, inclusive um robusto controle para Xbox 360. O que podemos esperar com relação a isso? Algo chegando para o Xbox One, de repente?
Vai vir, vai vir. Ainda não temos datas e nem valores, mas vai aparecer sim, com certeza. Será lançada uma versão totalmente compatível e do jeito que vocês conhecem. Tudo que chega aos Estados Unidos chega quase que simultaneamente ao Brasil, não fosse a alfândega.
Como você vê a concorrência hoje? Vocês estão à frente, estão equilibrados? Qual é a importância dela para vocês – em escala mundial e no Brasil?
Olha, estamos muito bem no mercado, tanto no Brasil quanto no mundo inteiro, mas isso não quer dizer que estamos sentados de braços cruzados apenas vendo o sucesso. Temos que manter essa base e sempre queremos mais. Existe um trabalho muito forte na comunidade, na expansão da marca, nos parceiros, nas lojas.
Os produtos são todos testados em nossos laboratórios – por jogadores, é claro –, e muitos deles passam por muitos e muitos protótipos antes de chegar às prateleiras. Temos todo esse cuidado especial, essa análise. Vários projetos da Razer não viram a luz do dia, por exemplo. Estavam em 99%, mas não chegaram. É esse cuidado que trouxe a marca hoje a um patamar de segurança, de credibilidade.
Alguma mensagem especial aos leitores de nossos sites?
O recado é que sempre procuramos ouvir vocês para entregar os melhores produtos do mercado. Se algo não está legal, se existem sugestões, falem com a gente. Entrem no nosso site, participem, façam o contato.
Buscamos dar a oportunidade de os jogadores terem em casa produtos de ponta e que atendam a essa exigência. Saibam disso: estamos sempre preocupados. Obrigado!
Fontes