(Fonte da imagem: Reprodução/Positime)
Esta segunda-feira (2) foi um dia bastante agitado para a Qualcomm. Além de ter lançado oficialmente seu smartwatch Toq no território norte-americano (por US$ 349 a unidade), a companhia também organizou um evento para a imprensa especializada com o intuito de apresentar seu novo escritório, localizado na região oeste de São Paulo capital.
O complexo chama a atenção por ser equipado com um impressionante laboratório utilizado para realização de testes no âmbito de redes móveis, que passará a ser o hub de pesquisas privadas da empresa na América Latina.
A celebração contou com a presença de Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm LATAM, que comemorou os altos números alcançados pela empresa durante o ano fiscal de 2013. A receita da companhia bateu seu próprio recorde ao atingir US$ 24,7 bilhões (aumento de 30%), assim como o número de vendas globais de chipsets, que bateu incríveis 716 bilhões.
“O segredo da Qualcomm é sua capacidade de inovação”, afirma Steinhauser, comentando que a manufaturadora investiu US$ 5 bilhões no campo de pesquisas técnicas ao longo do último ano (especialmente no que diz respeito à rede LTE-U).
Smartwatch Toq também chegou hoje ao mercado norte-americano (Fonte da imagem: Divulgação/Qualcomm)
Preparando o terreno
Rafael também comentou especificamente sobre o mercado de mobiles no Brasil, afirmando que a Qualcomm está realmente feliz com o aumento no número de telefones inteligentes comercializados no território tupiniquim. De acordo com o executivo, 60% dos celulares ativos já são smartphones, sendo que esse número deverá aumentar para 80% até 2017. Steinhauser destaca que a decisão do governo brasileiro em desonerar aparelhos de baixo custo fabricados nacionalmente foi o fator que mais impulsionou os consumidores a abandonar os feature phones.
Contudo, a Qualcomm ainda está insatisfeita com o número de brasileiros que está efetivamente usando redes de conexão móvel para acessar dados em seus gadgets portáteis. A previsão é que, no fim de 2015, o número de pessoas utilizando os protocolos 3G ou 4G será igual à quantidade de usuários que ainda trabalham com a retrógrada 2G – comparando com o montante de smartphones ativos nesse mesmo período de tempo, podemos calcular que muita gente passará a acessar a internet em seu celular inteligente.
Steinhauser comenta que a Qualcomm está em negociações com o governo brasileiro para criar medidas de democratização da internet no país, incluindo um projeto que possibilite o acesso gratuito e ilimitado à rede móvel de alta qualidade para o cidadão acessar serviços ou sites de interesse público (páginas governamentais, informações sobre transporte etc.). Embora tal discussão ainda esteja em um estado inicial, o executivo afirma que poderemos ter boas surpresas “em um futuro próximo”.
(Fonte da imagem: Reprodução/CanalTech)
O futuro da computação móvel
Por fim, os representantes da Qualcomm também aproveitaram a reunião para falar um pouco sobre o smartwatch Toq, que infelizmente não deve chegar às gôndolas brasileiras. Isso se deve ao fato de a companhia não estar encarando o dispositivo como um produto realmente comercial, mas sim como um “conceito inspirador” para fomentar a inovação no mercado de relógios inteligentes. “Nossa intenção não é competir, mas sim criar um design de referência”, afirma Steinhauser.
O Toq também representa a visão da Qualcomm para o futuro da computação: a companhia se esforça para criar um cenário tecnológico no qual todos os seus dispositivos inteligentes podem se conectar e trocar informações contextualizadas entre si. É justamente por isso que a empresa criou, por exemplo, a plataforma aberta AllJoyn, que equipa o smartwatch em questão e está aberta para desenvolvedores que desejem utilizá-la livremente.
Steinhausar garante que os consumidores terão gratas surpresas durante a Consumer Eletronics Show (que acontecerá entre os dias 7 e 10 de janeiro de 2014 em Las Vegas) e a Mobile World Congress (24 a 27 de fevereiro, em Barcelona). Ficaremos no aguardo!
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