Aparentemente, os rumores a respeito da chinesa Vivo estavam mesmo corretos – como apontado por vazamentos anteriores – e a empresa deve sim desbancar Apple e Samsung na busca por implementar um leitor de digitais à tela de seus celulares. De quem é a “culpa” disso? Da Qualcomm, claro, que desenvolveu toda a tecnologia por trás do recurso e utilizou a fabricante asiática para demonstrar o potencial da novidade durante o MWC Shanghai deste ano.
O mais interessante é que a brincadeira parece funcionar melhor do que muita gente esperava. Apesar de o tempo de resposta desse tipo de sensor ainda ser mais lento que a sua contraparte dedicada, a solução criada pela Qualcomm consegue ler a sua impressão digital de uma forma muito mais precisa que a convencional. Afinal, ela é capaz de fazer seu trabalho mesmo com o aparelho submerso, tem uma tolerância muito maior a sujeira e suor nos dedos e, claro, pode ser aplicada tanto a painéis de vidro quanto carcaças de alumínio.
Bacana, hein?
Todos esses fatores permitem um uso muito mais avançado da tecnologia e abrem caminho para que as próximas gerações de smartphones possam realmente ter um display que ocupe toda a parte frontal do aparelho – sem que o verso tenha que receber qualquer tipo de item extra de biometria. No caso do protótipo levado pela Vivo ao evento, por exemplo, a fabricante explica que o atraso entre o reconhecimento da digital e o desbloqueio do dispositivo, assim como a dimensão reduzida da área de leitura, são problemas orçamentários e não de hardware.
O sensor pode detectar seus batimentos cardíacos e sua pressão sanguínea
Isso quer dizer que, eventualmente, quando a funcionalidade estiver mais difundida – e barata – toda a tela do celular ou pelo menos uma porção muito maior dela pode servir para realizar o procedimento biométrico. Outra possibilidade futura da novidade, que aparentemente já está integrada ao projeto, é a capacidade de o sensor detectar seus batimentos cardíacos e até a sua pressão sanguínea. Tudo isso pode estar muito perto ou muito longe, dependendo do seu ponto de vista, já que, nesse caso, Vivo e Qualcomm discordam um pouco da disponibilidade do recurso.
Tão perto, mas tão longe
Enquanto a fabricante chinesa não sabe dizer uma data para a chegada de seus primeiros celulares com a tecnologia – já que o modelo utilizado na MWC Shanghai é baseado no Xplay6 –, a gigante dos chips mobile tem uma visão mais clara a respeito desse cronograma. Segundo a Qualcomm, sua solução biométrica será dividida em duas ondas bem distintas.
A primeira delas deve chegar aos parceiros da marca a partir de julho sob o nome de "Qualcomm Fingerprint Sensors for Glass and Metal", oferecendo o básico da leitura em vidro e metal em equipamentos que usem os chipsets Snapdragon 630 e 660. Já a versão mais parruda do brinquedinho, chamada de "Qualcomm Fingerprint Sensors for Display" – e que pode ser integrada diretamente nas telas –, só deve começar a ser produzida no final do ano.
Tecnologia de ponta
Isso provavelmente quer dizer que só veremos os primeiros celulares Android com a tecnologia a partir do início de 2018, dando espaço para que a Apple sue a camisa para tentar implementar o recurso em seu ainda não anunciado iPhone 8 antes disso. E aí, na sua opinião, o que vale mais: ser o primeiro a mostrar a funcionalidade em um protótipo ou ter o primeiro aparelho produzido em massa com essa novidade? Deixe a sua opinião mais abaixo, na seção de comentários.
Fontes