Telas quânticas: elas ainda vão substituir as atuais

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Cristais! Por mais que você ache que eles são apenas utilizados em joias, quando são criados em escala nanométrica eles podem fazer parte de algo muito maior: telas de alta definição. Com capacidade para transmissão de energia elétrica e luz, as telas criadas com cristais são conhecidas como telas quânticas.

Elas ganham este nome porque a luz é emitida por diodos conhecidos como pontos quânticos, graças às dimensões e ao funcionamento. De maneira reduzida, podemos dizer que a luz é emitida após os diodos converterem a energia elétrica em luz, em camadas de “vazio” entre camadas de substratos.

Cores fortes

Fonte da imagem: Evident Technologies

Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Confira agora o artigo que o Baixaki preparou para mostrar aos usuários os principais aspectos de um novo formato de produção de telas. Confira as vantagens e desvantagens das QD-LEDs (Quantum Dot – Light Emitting Diode) e descubra se vale a pena esperar pela tecnologia.

Principais aplicações

Pode parecer que o mercado de telas já não tem mais espaço para novas tecnologias, mas para o que é bom, sempre há espaço. Por isso, se os painéis quânticos forem realmente bons, é provável que em alguns anos já seja possível encontrar aparelhos que contem com os pontos quânticos na composição.

Telas de alta definição

Televisores devem ser os aparelhos mais atingidos pela nova tecnologia. Por serem um pouco caros, não vale a pena instalar pontos quânticos em dispositivos com telas menores do que 30 polegadas. Por ser flexível e estável, uma tela de nanocristais quânticos pode ser muito maior do que telas OLED e LED comuns, por exemplo.

Como funciona um ponto quântico?

É preciso admitir que o funcionamento deste tipo de tecnologia não é dos mais simples. Cada ponto quântico apresenta uma estrutura complexa e independente: um contato de prata recebe a energia e repassa para um cátodo de liga magnésio-prata. A energia passa por uma camada de transporte de elétrons até chegar a uma camada de bloqueio.

Funcionamento dos pontos quânticos

Fonte da imagem: Kimhoejoon

Depois disso aparece a camada de cádmio e selênio, onde ocorrem as manifestações elétricas e a luz é formada com as milhões de cores necessárias para que sejam criadas imagens. Esta luz ainda passa por uma camada de transporte, uma camada de óxido de índio e pelo substrato de vidro.

Percorrendo todo este caminho por cada ponto da tela, as imagens são formadas com alta definição. É necessário dizer que todas estas camadas formam um diodo, por isso as telas de pontos quânticos também podem ser chamadas de QD-LED (Quantum Dot – Light Emitting Diode).

Vantagens?

Como toda nova tecnologia, os pontos quânticos ainda devem demorar alguns anos até que possam ser encontrados em escala comercial. Mas isso não significa que existam falhas graves na composição das telas, e sim que ainda não há demanda suficiente para transformar a tecnologia em algo economicamente viável.

Pontos quânticos diferentes para cada cor

Fonte da imagem: Invitrogen

Conheça agora as principais vantagens que a tecnologia dos pontos quânticos oferece para os consumidores. A maioria das vantagens encontradas são diretamente relacionadas às telas de LEDs Orgânicos (OLED), já que estas devem ser as principais concorrentes das telas quânticas nos próximos anos.

Tempo de vida

Ao contrário das telas OLED apresentadas até agora, os nanocristais quânticos não apresentam redução na qualidade de cores isoladas de acordo com o tempo de utilização. Por serem inorgânicos, os pontos quânticos apresentam desgaste mais regular e reduzido. Desta maneira, telas de QD-LED podem durar anos a mais do que as orgânicas.

Melhor qualidade nas cores

Por trabalhar com cristais, a luminosidade das telas QD-LED é muito superior a qualquer outra já utilizada em escala comercial. Isso representa também um aumento na qualidade das cores, pois com mais brilho elas acabam sendo mais nítidas e definidas. Outra vantagem é vista com o passar do tempo, pois ao contrário do que ocorre com as OLEDs, as quânticas não perdem os tons de azul com pouco tempo de utilização.

Flexibilidade

Devido às facilidades oferecidas pela solubilidade dos nanocristais, é possível criar telas bastante flexíveis. Além disso, estas mesmas telas também possuem resistência para que sejam elaboradas com maiores dimensões do que as OLEDs, que são muito mais indicadas para dispositivos pequenos, como celulares.

Economia de energia

A utilização de nanocristais garante uma produção mais limpa e menos nociva ao meio-ambiente. Além disso, os aparelhos com QD-LEDs podem chegar a consumir cerca de 30 a 50% a menos de energia elétrica do que aparelhos que utilizam LCD.

Quais os principais desafios impostos à tecnologia?

Até pouco tempo atrás, apenas telas monocromáticas eram possíveis com os pontos quânticos, mas com algumas alterações nos substratos utilizados, passou a ser mais próximo o sonho de criar painéis QD coloridos. Somente desta maneira este tipo de painel torna-se comercialmente atrativo. Mas esse não é o principal desafio que os nanocristais devem enfrentar.

Coloração química

Fonte da imagem: Kimhoejoon

Onde está o material?

Utilizando nanocristais para a formação das telas, a tecnologia de QD-LED não conta com uma fonte inesgotável de recursos. Pelo menos por enquanto, obter todos os materiais que compões os diodos é um processo bastante caro, o que torna a fabricação em escala comercial de aparelhos muito difícil.

De novo... E o azul?

Assim como acontece com as telas OLED, os painéis quânticos também sofrem com a saturação do azul. Os desenvolvedores estão agora procurando formas de tornar os cristais de azul mais potentes, para que as imagens mais azuladas não fiquem foscas quando surgirem nas telas.

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Infelizmente, tudo o que envolve a nanotecnologia é bastante caro, ainda mais quando ainda está nos primeiros passos de desenvolvimento. Mesmo assim, esperar que em breve seja possível encontrar este tipo de material em produtos de escala global não é sonhar demais..

Outros pontos ainda precisam ser melhorados, como é o fato de a cor azul não conseguir bons resultados de saturação. Por outro lado, temos uma das tecnologias mais econômicas e menos nocivas ao ambiente. Além disso, a flexibilidade e o tempo de vida oferecidos pelos pontos quânticos dão boas esperanças aos consumidores.

Mas o que você acha sobre este novo material? Será que poderemos encontrar televisores QD-LEDs nas prateleiras dos mercados em um futuro próximo? Quais os principais pontos positivos e negativos, na sua opinião?

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