(Fonte da imagem: Divulgação/Sony)
Reuters. Por Isabel Reynolds - Em seu quarto mês no comando da divisão de videogames da Sony, o galês Andrew House precisa planejar uma história de sucesso para o novo portátil PlayStation Vita, manobrando por um campo minado que envolve consumidores desanimados e forte concorrência de smartphones e tablets como iPad e iPhone, da Apple.
A Sony, que enfrenta problemas e no mês passado anunciou projeção de prejuízo líquido de mais de 1 bilhão de dólares neste ano fiscal, lançará o Vita no Japão neste final de semana.
A companhia japonesa está apostando em um portfólio de 24 jogos disponíveis já no lançamento para evitar a concorrência da rival Nintendo com o 3 DS, que começou a enfrentar dificuldades de venda logo depois do lançamento e forçou a companhia a reduzir o preço do portátil.
"Para nós, obter esse grau de apoio dos produtores e distribuidores não tem precedentes. Adotamos uma estratégia diferenciada nos meses que antecedem o lançamento da plataforma, no que tange ao nosso relacionamento com os produtores e distribuidores," disse House a jornalistas na sede da Sony, nesta quinta-feira.
A divisão de videogames, a Sony Computer Entertainment, saiu do vermelho pela primeira vez em cinco anos no ano fiscal encerrado em março, porque conseguiu reduzir os custos de produção do PlayStation 3, o que elevou o lucro de toda a empresa. As vendas da unidade responderam por mais de um décimo da receita total de 7 trilhões de ienes da Sony.
Mas os custos envolvidos na promoção das vendas do Vita podem devolver a divisão ao vermelho este ano, o que agravará os problemas que a Sony já vem enfrentando devido aos pesados prejuízos da divisão de televisores.
A Sony precisa do sucesso do Vita para aliviar os problemas da divisão de televisores, que deve registrar prejuízo anual de 2,2 bilhões de dólares, no oitavo ano consecutivo de perdas. A Sony quer reduzir o prejuízo pela metade no ano que vem, mas não ofereceu muitos detalhes sobre como planeja restaurar a lucratividade da unidade.
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