Vale a pena comprar processador com placa de vídeo integrada?

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Se você está na missão de comprar um notebook novo ou atualizar seu PC, provavelmente vai se deparar com a opção de um processador com placa de vídeo integrada em algum momento da sua busca.

A tecnologia que combina a CPU (processador principal) e a GPU (placa gráfica) em um único componente, chama a atenção por sua praticidade e custo-benefício. Modelos como o Intel Core i5-11600K e o AMD Ryzen 7 5700G são exemplos notáveis dessa categoria.

Mas será que a placa de vídeo integrada é a escolha ideal para o seu perfil de uso? A resposta certa é: depende do seu conhecimento sobre o assunto!

Você sabe quais são as diferenças desse tipo de GPU para as dedicadas? E as vantagens e desvantagens do processador com placa de vídeo integrada?

Reunimos todas as informações de que você precisa para descobrir qual solução é mais adequada! Vamos lá?

O que é um processador com placa de vídeo integrada?

Um processador com placa de vídeo integrada, conhecido como APU (Accelerated Processing Unit) em produtos da AMD ou iGPU (Integrated Graphics Processing Unit) na nomenclatura geral, é uma tecnologia que combina dois componentes essenciais para o funcionamento de um computador:

Diferente das placas de vídeo dedicadas, que possuem memória própria, as placas de vídeo integradas utilizam uma parte da memória RAM do sistema para processar e armazenar dados gráficos.

Essa combinação acontece em um único chip de silício, oferecendo maior integração e eficiência energética para quem realiza tarefas cotidianas e precisa de desempenho gráfico moderado.

Placas de vídeo integradas são perfeitas para tarefas do dia a dia e laptops mais compactos.
Placas de vídeo integradas são perfeitas para tarefas do dia a dia e laptops mais compactos.

Apesar de facilitar a comunicação entre CPU e GPU por meio de barramentos rápidos, o compartilhamento do controlador de memória pode impactar no desempenho geral do sistema, especialmente em atividades que demandam muitos recursos.

Reconhecer se o seu dispositivo possui uma placa de vídeo integrada é simples: basta acessar o "Gerenciador de Dispositivos" no Windows e conferir os adaptadores de vídeo listados. Se houver apenas um dispositivo listado, ele provavelmente é integrado ao processador.

Quais são as diferenças do processador com placa de vídeo integrada para a versão tradicional?

Um processador tradicional (sem GPU integrada) foca exclusivamente no processamento de cálculos gerais, deixando o trabalho gráfico a cargo de uma placa de vídeo offboard (dedicada), que conta com sua própria memória dedicada (VRAM) e unidade de processamento gráfico.

Isso a torna ideal para quem utiliza o computador para atividades que demandam gráficos pesados, como modelagem 3D, design avançado ou jogos de última geração.

Além disso, ao não depender da memória RAM do sistema, as placas dedicadas conseguem manter um desempenho mais consistente.

Já os processadores com placas gráficas integradas, também chamadas de placas de vídeo onboard, combinam em um único chip a CPU e a GPU, otimizando espaço e custos, mas com algumas limitações.

A placa de vídeo integrada é construída diretamente no processador ou na placa-mãe e utiliza recursos do sistema, como a memória RAM, para executar tarefas gráficas.

É melhor comprar processador com a placa de vídeo ou ambos individualmente?

Escolher entre um processador com placa de vídeo integrada ou investir em uma GPU dedicada e um processador tradicional depende do tipo de uso planejado para o computador.

Para tarefas cotidianas, como navegação na internet, uso de programas leves do pacote Office ou assistir vídeos em 4K, as placas de vídeo integradas são mais do que suficientes.

Esses chips têm capacidade para alimentar até monitores de alta resolução, entregando bom desempenho sem sobrecarregar o sistema.

Processadores com placa de vídeo integrada: economia e praticidade para quem busca eficiência.
Processadores com placa de vídeo integrada: economia e praticidade para quem busca eficiência.

Por outro lado, se o objetivo é jogar, editar vídeos em alta definição ou trabalhar com modelagem 3D, o ideal é optar por uma placa de vídeo dedicada.

Como vimos, as GPUs oferecem memória de vídeo própria (VRAM), o que permite um desempenho superior em atividades gráficas mais intensas, sem comprometer a memória RAM do computador.

Essa potência extra vem com desafios, no entanto, como maior consumo de energia, geração de calor e um custo mais elevado devido à necessidade de sistemas de resfriamento específicos.

Ao escolher uma placa dedicada, é importante planejar com cuidado. A rápida evolução tecnológica pode fazer com que uma GPU de ponta se torne obsoleta em poucos anos, especialmente se novas demandas gráficas surgirem.

Por isso, avaliar bem o uso esperado e o orçamento disponível ajudará a decidir se um processador com placa de vídeo integrada basta ou se vale investir em componentes de hardware separados.

Quais são as vantagens e desvantagens de um processador com placa de vídeo integrada?

Os processadores com placa de vídeo integrada oferecem um conjunto de vantagens e desvantagens que os tornam adequados para diferentes perfis de usuários. O seu design oferece os seguintes pontos positivos e negativos:

Vantagens

  • Economia de espaço e energia: Como ocupam menos espaço, são ideais para notebook finos e leves, além de gerarem menos calor e consumirem menos energia. Isso contribui para uma maior duração da bateria;
  • Custo-benefício: Computadores com placas gráficas integradas geralmente têm um preço mais acessível, tornando-os uma opção atrativa para usuários com orçamento limitado;
  • Desempenho básico confiável: São suficientes para tarefas do dia a dia, como navegação na internet, edição de documentos, reprodução de vídeos em alta resolução e até jogos leves.

Desvantagens

  • Menor desempenho gráfico: Em comparação com placas dedicadas, possuem menos poder de processamento, o que limita sua capacidade para jogos avançados e softwares gráficos exigentes;
  • Uso compartilhado de memória: O que pode impactar o desempenho geral do computador, especialmente em multitarefas;
  • Falta de recursos avançados: Tecnologias como ray tracing e DLSS, disponíveis em GPUs dedicadas, não estão presentes em gráficos integrados;
  • Impossibilidade de upgrade: Como estão embutidos no processador, não podem ser substituídos ou atualizados separadamente.

Afinal, vale a pena investir em uma placa de vídeo integrada?

Decidir entre investir em um processador com placa de vídeo integrada ou em uma placa de vídeo dedicada depende essencialmente das suas necessidades e expectativas em relação ao uso do computador.

Para muitos usuários, a GPU integrada é uma solução prática e econômica, atendendo bem a tarefas cotidianas.

Se você pretende navegar na internet, usar aplicativos de escritório, assistir a vídeos em alta definição ou realizar edições leves de fotos, uma placa integrada, como a Intel Iris Xe Graphics, pode oferecer desempenho suficiente.

Além disso, as GPUs integradas consomem menos energia, geram menos calor e não exigem sistemas complexos de ventilação, o que as torna ideais para quem busca dispositivos portáteis.

GPUs integradas não exigem sistemas de ventilação robustos.
GPUs integradas não exigem sistemas de ventilação robustos.

Por outro lado, se suas atividades envolvem renderização em 3D, jogos modernos ou edição de vídeo pesada, as placas de vídeo dedicadas são a melhor opção.

Elas oferecem desempenho gráfico superior, possuem memória própria e não comprometem a RAM do sistema. No entanto, exigem um investimento maior, consomem mais energia e podem demandar sistemas de resfriamento mais robustos.

Uma alternativa interessante para quem busca flexibilidade são os sistemas híbridos, que combinam GPUs integradas e dedicadas, alternando entre elas de acordo com a demanda. Isso proporciona eficiência para tarefas simples e alto desempenho para atividades mais exigentes.

Em resumo, se você precisa de um computador para tarefas básicas e busca economia, vale a pena investir em um processador com placa de vídeo integrada!

Mas, antes da palavra final, sempre avalie seu orçamento, as especificações do sistema e o tipo de uso para tomar a melhor decisão.

E aí, curtiu as dicas de hoje? Continue navegando pelo TecMundo e confira também as vantagens do Intel Core Ultra, a nova linha de processadores que pretende substituir o Intel Core i3, Core i5 e Core i7. Até a próxima!

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