O primeiro smartphone da história completa 30 anos; relembre o IBM Simon

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Imagem: Reprodução/Media Archeology Lab

A IBM lançou em 16 de agosto de 1994, há exatos 30 anos, um aparelho que é considerado o primeiro smartphone da história. O dispositivo é o IBM Simon, um modelo que passou quase despercebido pela indústria, mas hoje é considerado parte importante da história da tecnologia.

Apresentado dois anos antes em um evento pela marca, que não era acostumada a lançar telefones móveis, o Simon chamava atenção por uma série de motivos. O principal era a sua tela: em vez de um pequeno display que apenas exibia os números digitados, ele não tinha botões físicos e contava com uma tela sensível ao toque, algo que só viraria tendência décadas depois, após o lançamento do primeiro iPhone.

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O IBM Simon de frente e verso.O IBM Simon de frente e verso.Fonte:  Mobile Phone Museum 

O aparelho da IBM ainda era capaz de enviar emails e mensagens por fax, o que o tornava indicado para uso corporativo. Além disso, ele tinha aplicativos abertos separadamente — como calendário e calculadora — e um teclado preditivo, que destacava letras usadas com mais frequência na forma de atalhos.

Como a tela ainda era rudimentar, a navegação era feita com uma caneta Stylus. E ele não era nada compacto: o aparelho pesava 510 gramas e tinha 20 cm de comprimento, além de 3,8 cm de espessura — o iPhone 15, para efeitos de comparação, tem 0,78 cm.

O legado do IBM Simon

Apesar de tantas características consideradas futuristas para a época, o IBM Simon foi considerado um fracasso comercial. Ele vendeu cerca de 50 mil unidades em cerca de seis meses, sendo tirado das prateleiras logo depois.

Boa parte do fracasso foi explicado inicialmente pelo preço: o dispositivo custava US$ 1,1 mil na época, o equivalente a mais de US$ 2 mil hoje, fora um contrato obrigatório de dois anos com a operadora BellSouth.

O Simon ao lado de um iPhone antigo.O Simon ao lado de um iPhone antigo.Fonte:  GettyImages 

Além disso, ele recebeu muitas críticas pela bateria de pouca duração, que durava pouco mais de uma hora, além de uma tela que ainda não funcionava de forma tão otimizada.

O aparelho virou uma página na lista de dispositivos quase esquecidos pela indústria. Porém, a adoção do termo "telefone inteligente" e a chegada dos smartphones anos depois fez com que o mercado lembrasse que a IBM experimentou com funções parecidas anos antes.

Hoje, o Simon é peça de museu e raridade, com altos preços cobrados em sites de leilão.

Além disso, ele é considerado um dispositivo que foi lançado cedo demais: o modelo ousou com recursos ainda em fase de desenvolvimento e tinha ideias boas no papel, mas que não acompanhavam a situação tecnológica do período.

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