Rabbit R1: 'IA de bolso' guardava conversas e arquivos sem opção de apagar

Por Nilton Kleina

15/07/2024 - 05:152 min de leitura

Rabbit R1: 'IA de bolso' guardava conversas e arquivos sem opção de apagar

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Imagem de Rabbit R1: 'IA de bolso' guardava conversas e arquivos sem opção de apagar no tecmundo

O Rabbit R1, assistente pessoal portátil que funciona a partir de inteligência artificial (IA), recebeu uma atualização importante. A partir de agora, o dispositivo permite a restauração para as configurações de fábrica, apagando todas as personalizações e logs do usuário. 

A atualização acabou denunciando uma vulnerabilidade de segurança do dispositivo: até agora, ele não oferecia qualquer forma de apagar os logs de conversa do usuário com a IA. 

Isso poderia ser potencialmente perigoso não apenas do ponto de vista de privacidade de dados, mas também se o seu R1 fosse hackeado, perdido ou roubado, por exemplo. 

Segundo a desenvolvedora, porém, nenhum caso de dados de um usuário extraídos sem autorização por outra pessoa foi detectado.

A novidade foi enviada aos dispositivos a partir da última quinta-feira (11). A atualização agora impede também que um R1 logado com uma conta pudesse ler todos os documentos armazenados — o que daria acesso para terceiros de fotos, solicitações e outros documentos importantes e privados.

Ascensão e queda do Rabbit R1

A trajetória do Rabbit R1 de um dos aparelhos mais desejados do mercado para um fiasco foi bastante rápida. O assistente foi revelado durante a CES 2024 e se tornou um dos itens mais desejados da feira por ser "um assistente de IA de bolso".

Porém, após o seu lançamento, as críticas começaram. Avaliações da imprensa especializada internacional, que teve acesso ao dispositivo, detonaram o aparelho pela falta de recursos úteis e ainda estar "cru" em funcionamento mesmo com as vendas já iniciadas.

O dispositivo custa US$ 199 (cerca de R$ 1080 em conversão direta de moeda) sem contar impostos e taxas de envio.

Além disso, o público descobriu que ele era menos impressionante do que parecia. Além disso, ele na essência seria um aplicativo de Android com alta customização em vez de um sistema próprio.

O aparelho também apresentou problemas de funcionamento pontuais quando servidores da OpenAI, dona do ChatGPT, apresentaram instabilidade. Isso levou o público a notar mais algumas das suas limitações.


Por Nilton Kleina

Especialista em Redator


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