A família A da Samsung tem se destacado como uma das principais dentre as linhas de celulares intermediários do mercado. Neste sentido, o Galaxy A54 é um exemplo desse sucesso. De acordo com a Samsung, ele e o A34 venderam 177% a mais que o A53 e A33 no primeiro ano de lançamento.
Chegamos em 2024 e a sul-coreana lançou o Galaxy A55, sua nova aposta para tentar manter o bom trabalho realizado com o A54. Só que será que o smartphone consegue manter a qualidade lá em cima? Eu já te adianto que apesar do meu ceticismo inicial, ele se provou um produto justificável. Confere aí a análise completa!
O Galaxy A55 é bem bonito
O Galaxy A55 continua trazendo aquela ideia da Samsung de aproximar os aparelhos intermediários de suas linhas mais premium. Enquanto o A54 tinha um visual praticamente idêntico ao Galaxy S23, o A55 é bem parecido esteticamente com o Galaxy S24 padrão.
No caso, o A55 também tem laterais retas e um módulo com três câmeras na traseira, que é toda feita de vidro. E apesar de ser linda, uma traseira de vidro traz sempre aqueles problemas que valem ser citados. O primeiro deles é a segurança, já que uma queda pode potencialmente estilhaçar o aparelho.
Outra questão que precisa ser citada são as marcas de dedo. Você nem precisa ter comido aquele salgadinho (que tem um guepardo de óculos na embalagem, tá ligado) pra deixar as marcas das digitais. A solução para isso é a tradicional e velha de guerra capinha, que inclusive a dona Samsung não envia junto com o aparelho igual marcas como a Realme e Xiaomi.
Galaxy A55. (Imagem: Felipe Pedro (Felps)/TecMundo)
Um dos diferenciais do aparelho em relação aos modelos anteriores é um leve desnível nas laterais. De primeira, eu achei meio esquisito o aspecto, mas depois percebi que ele faz toda a diferença. O recuo que o celular tem faz com que ele fique muito anatômico nas mãos, dando um encaixe quase que perfeito para os dedos.
Inclusive, acho esse um bom momento para falar que o Galaxy A54 é meu celular do cotidiano, então eu estou bem acostumado a ele. E logo nos primeiros dias de uso eu já percebi o avanço nítido na proposta visual do celular mais recente. O Galaxy A55 tem um aspecto ainda mais premium do que o A54, já que as bordas do celular de 2024 são de um metal texturizado, enquanto as do aparelho do ano passado imitam metal.
No restante em relação ao quesito aparência, o A55 é bem parecido com o A54, tendo na lateral direita os botões de bloqueio e bloqueio, na parte superior a bandeja de chip e cartão de memória e na parte de baixo a entrada USB-C e saída de som.
Galaxy A55. (Imagem: Felipe Pedro (Felps)/TecMundo)
O que era ruim no Galaxy A54 e se mantém no A55 é a falta de conector de fone de ouvido, que nos dias de hoje só tem vindo em aparelhos mais de entrada. Então se você quiser usar um fone de ouvido vai precisar ou comprar um adaptador a parte ou utilizar um fone bluetooth. Passando um geralzão sobre a questão estética, o A55 é um dos celulares mais bonitos e ergonômicos que eu já usei.
A tela do Galaxy A55 é boa?
A tela do Galaxy A55 é outro ponto que me chamou bastante a atenção logo de cara. Assim que peguei o celular, já tive a impressão de um display bastante colorido e brilhante e em comparações iniciais eu até achei que ele era mais brilhante que o A54. Mas foi um pouco de impressão mesmo.
O modelo atual e o do ano passado têm praticamente as mesmas especificações na tela. O celular mais recente tem apenas 0,2 polegadas a mais e uma densidade de pixels um pouco menor que o irmão mais velho. O A55 tem um visor impressionante, com nitidez e brilho que dão inveja para muitos smartphones por aí no mercado.
O A55 também tem funciona com desbloqueio por digital na tela e é bastante responsivo e rápido. O display do celular conta ainda com proteção Gorilla Glass Victus+, que promete uma boa resistência não só contra quedas, mas também arranhões.
Galaxy A55. (Imagem: Felipe Pedro (Felps)/TecMundo)
Em testes laboratoriais, o Gorilla Glass Victus+ resistiu a quedas de até 2 metros em superfícies rígidas. Eu sinceramente não fiz esse teste, mas fica aqui a informação divulgada pela empresa Corning.
E uma das raras questões que me desagradaram na tela do A55 foram as bordas. As faixas pretas principalmente na parte de cima e de baixo continuam um pouco grande para o meu gosto, já que no A54 já era assim.
A bateria do Galaxy A55 dura bastante?
A bateria do A55 infelizmente não apresenta nenhuma evolução na comparação com o A54. Os dois têm a mesma capacidade e apresentaram uma duração bem parecida. No meu uso cotidiano do celular, que envolve uso de redes sociais, aplicativos de mensagens, um ou outro vídeo do YouTube e de vez em quando um jogo, a bateria do A55 durou mais ou menos um dia e meio.
O celular intermediário premium da Samsung vem com uma fonte de apenas 15 W, mas oferece carregamento rápido de até 25 W se você comprar outro carregador. Eu fiz um teste de carregamento e vou colocar abaixo o tempo que levou pra sair do zero até 100%:
- 10 minutos na tomada: 10%;
- 20 minutos: 21%;
- 30 minutos: 32%;
- 40 minutos: 42%;
- 50 minutos: 53%;
- 60 minutos: 64%;
- 70 minutos: 74%;
- 80 minutos: 84%;
- 90 minutos: 94%;
- 95 minutos: 100%.
Como é o desempenho do A55?
Antes de falar sobre desempenho, eu acho que é preciso fazer um mea culpa. Eu preciso confessar que assim como muita gente, eu sempre tive um pé atrás com os processadores Exynos. Mas a essa altura, os chipsets da sul-coreana já estão mais do que provados. O Exynos 2400, que está presente na linha Galaxy S24, apresenta um desempenho bastante satisfatório e chega a competir praticamente de igual para igual com o Snapdragon 8 Gen 3, por exemplo.
O Exynos 1380, que está presente no Galaxy A54, é um processador muito competente que continua desempenhando um bom papel mesmo após mais de 10 meses em uso. O Galaxy A55 vem com uma evolução do 1380, que é o 1480, que em testes de benchmark o Exynos fica abaixo do Snapdragon 8 Gen 1, que também tem 8 núcleos, mas acima do Snapdragon 778G, que também tem 8 núcleos.
E o Galaxy A55 roda liso qualquer tipo de aplicação. Em quase 1 mês testando, eu só passei por duas experiências de travamento, que eu vou detalhar mais pra frente. E é claro que estes poucos problemas são esperados de um celular que custa o que custa e que não foi estressado o suficiente por um longo período.
Galaxy A55. (Imagem: Felipe Pedro (Felps)/TecMundo)
Pra botar o processador pra trabalhar, eu testei alguns jogos. O game Last Day on Earth, que não é tão pesado assim, rodou tranquilamente no modo Ultra e com 60 frames por segundo. Só que com estas configurações você vai precisar ficar mais esperto, já que o consumo de bateria vai ser maior.
O Galaxy A55 também não faz feio e entrega muito no Asphalt 9 e eFootball e aqui começaram os incômodos. No antigo Pro Evolution Soccer, o jogo engasgou duas vezes, mas foi me mostrado na tela uma mensagem de erro falando sobre conexão. Ok, então eu relevei a questão.
Só que daí eu comecei a jogar COD Warzone e o problema foi um pouco pior. Além de o celular ter esquentado muito além do que eu esperava logo no trecho de download do patch de atualização, o game de tiro travou duas vezes. E estava rodando tudo liso, mas daí os contratempos vieram quando eu ativei os 60 frames por segundo. O game até rodou legal e eu não sofri com a queda de fps, mas rolou sim as travadas e é importante mencionar.
Câmeras do Galaxy A55
Como já dito anteriormente, o Galaxy A55 mantém não só o esquema de um módulo com três lentes na traseira, mas também exatamente as mesmas especificações das câmeras do Galaxy A54, tendo somente melhorias por software. Isso quer dizer que assim como seu irmão mais velho, o lançamento deste ano consegue registrar fotos incríveis.
As capturas com a lente principal do A55 apresentam cores muito próximas às reais, apesar de uma dificuldade ou outra para focar. O nível de detalhes das imagens também é satisfatório com poucos borrados caso a iluminação esteja ok. Em caso de imagens com zoom há uma queda na qualidade e a definição acaba se perdendo um pouco, já que como se sabe o zoom de qualidade acaba sendo um recurso dos celulares topo de linha.
Assim como eu já tinha gostado do ultra-wide do A54, eu também gostei do resultado da grande-angular do A55. Aqui eu preciso confessar que eu não sou o maior expert em fotografia, então eu faço o uso quase de uma pessoa comum, só me atentando a questões como enquadramento e luz. Então neste sentido, para mim os resultados são bons porque eu enxergo poucos ruídos ou pixelização exagerada.
E a lente macro do A55 também não faz feio. Eu acho que ela peca às vezes por desfocar demais o fundo, fazendo com que você perca definição sobre o ambiente que está atrás. Mas eu não achei que atrapalhou o resultado desta câmera que serve mesmo para tirar fotos de objetos que estão próximos do smartphone.
Se as fotos com uma boa iluminação acabam não apresentando grandes desafios para o A55, registrar fotos noturnas já acabam sendo uma tarefa mais complexa. Mesmo com o modo nightography que promete cores mais brilhantes nítidas com baixa luz, às vezes é complicado conseguir uma boa foto à noite. Se você não mantiver o braço bem parado, é bem possível que a foto saia completamente borrada e com cores estouradas.
O modo retrato na câmera de selfie também desfoca bastante o fundo, mas isso você pode configurar se quiser que o ambiente atrás esteja menos borrado. As populares selfies também são satisfatórias, só que você vai precisar ficar atento se for tirar fotos à noite. É bom deixar o modo noturno ligado se você quiser enxergar alguma coisa na foto que você tirou.
No quesito gravação de vídeos, o A55 registra em HD, Full HD ou Ultra HD, sendo que em Full HD é possível gravar a 30 ou 60 frames por segundo. Nos vídeos em movimento entram em ação a estabilização óptica de imagem, que eu acho um recurso excelente para quem está se movimentando e mesmo assim quer registros que não fiquem borrados ou tremidos.
O Galaxy A55 vale a pena?
Eu peguei o Galaxy A55 já banhado por uma natural desconfiança de que o aparelho não se justificaria. Afinal de contas, ele tem as mesmas câmeras, a mesma bateria, praticamente a mesma tela e um design muito similar ao A54. Tendo tudo isso em mente, eu me perguntava: pra que que esse aparelho existe? A verdade é que o celular me convenceu que eu estava pelo menos parcialmente errado.
Ainda sobre as especificações, o Galaxy A55 é um smartphone com som estéreo, que reproduz vídeos em qualidade UHD 4K. A combinação do som e a tela SUPER AMOLED garantem uma experiência excelente. Você só vai abafar o áudio se segurar o celular na horizontal, ou seja, se quiser ter imersão durante os jogos, é melhor usar fone de ouvido.
O A55 também tem proteção IP67 de resistência a poeira e água e está sendo vendido aqui no Brasil nas versões de 128 GB e 256 GB. A versão que a Samsung emprestou para a gente foi a de 128 GB, que sinceramente, hoje em dia eu acho insuficiente para praticamente qualquer pessoa.
Gakaxy A55. (Imagem: Felipe Pedro (Felps)/TecMundo)
Mesmo um usuário casual que só tem o WhatsApp instalado no celular uma hora vai acabar ficando sem espaço se não apagar as fotos e vídeos de bom dia. Se eu fosse você consideraria sempre olhar para celulares com pelo menos 256 GB de armazenamento. Em relação à memória, o A55 chegou no Brasil somente com a versão de 8 GB, que acaba sendo o suficiente.
Dito tudo sobre o aparelho, nós chegamos no preço, que é um balanço essencial na decisão de compra. Assim como a semelhança de algumas das configurações do A55 e do A54, a minha opinião nesse quesito é similar a que eu dei lá atrás sobre o A54. A versão 2024 da linha não se justifica pelo preço. Enquanto a versão de 128 GB foi lançada custando R$ 3 mil, a de 256 GB desembarcou no país por exagerados R$ 3,5 mil.
Eu particularmente acho impossível recomendar um celular intermediário por esse preço, por mais qualidade que ele tenha. O A55 tem um design incrível, display muito brilhante, hardware bastante competente e ótimas câmeras. Mas todo esse castelo desmorona quando você chega no caixa pra pagar a conta.
Galaxy A55. (Imagem: Carlos Palmeira/TecMundo)
E o cálculo fica ainda mais esquisito quando você pesquisa e encontra um Galaxy S23 custando menos que isso. Se você lembrar que o S23 recebeu recentemente o Galaxy AI e que o Galaxy A55 não tem nenhuma garantia de que receberá a tecnologia, a decisão acabaria pesando para o celular do ano passado.
Dito tudo isso, eu te recomendaria esperar um pouco pra comprar um Galaxy A55. Pra você ter uma ideia, o A54 foi lançado em março do ano passado por R$ 2,9 mil na versão de 128 GB. Eu adquiri o aparelho três meses depois e paguei aproximadamente R$ 1780, ou seja, mais de mil reais mais barato.
O A55 é um ótimo aparelho pra daqui a pouco. Se você notar, esta é exatamente a mesma frase que está no título do vídeo do A54. Bom, como eu falei, se várias especificações foram recicladas do A54 para o A55 eu também me permito reciclar uma frase do review.
Mas e aí, o que você achou do Galaxy A55? Siga o TecMundo no Instagram, X (antigo Twitter), TikTok, Facebook e YouTube para não perder nenhuma novidade sobre o mundo da tecnologia!
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