A Sony lançou, em parceria com a empresa japonesa QD Laser, um novo invólucro de visor para sua câmera automática DSC-HX99. O kit, chamado de HX99 RNV, utiliza lasers de retina para projetar a imagem de exibição ao vivo da câmera no olho do usuário, ajudando pessoas com baixa visão a verem claramente através do visor eletrônico e tirar fotos.
O projeto foi criado especificamente para ajudar usuários com deficiências visuais, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo, a terem uma visão mais nítida enquanto utilizam a câmera.
O Retissa Neoviewer usa um laser semicondutor RGB para exibir uma imagem com resolução equivalente a 720p e profundidade de cor de 8 bits. A imagem projetada tem um campo de visão horizontal de aproximadamente 60 graus com atualização de 60 Hz e a bateria da caixa tem uma duração estimada de quatro horas.
A câmera fotográfica DSC-HX99 é um modelo lançado em 2018 com um sensor de 18 megapixels e lente de zoom equivalente de 24-720 mm, que custa US$ 475. O kit com a câmera e o projetor a laser sai por US$ 599,99. A Sony afirma que absorveu grande parte do custo para apoiar a comunidade de baixa visão.
Fotografia com outros sentidos
A fotografia não é exclusividade das pessoas com visão perfeita. (Fonte: Sony/Divulgação)Fonte: Sony/Divulgação
As pessoas com baixa visão e até cegas também conseguem fotografar. O brasileiro João Maia, por exemplo, conseguiu o feito de ser o único fotógrafo cego a cobrir duas Paraolimpíadas. A paixão pela fotografia veio antes da perda de visão, mas o fotógrafo se adaptou a sua nova condições e se guia pelos sons da máquina.
O profissional, que perdeu a visão aos 29 anos devido a uma doença, se apoia nos outros sentidos para produzir as suas fotografias. Eventualmente, também conta com a ajuda de uma pessoa para descrever o ambiente. Além de fotografar, Maia também se dedica a ensinar às pessoas a fotografarem sem usar a visão.
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