Em rascunhos de uma nova proposta publicada nesta semana, a Comissão Europeia revelou que planeja criar uma regra para forçar as fabricantes de smartphones a fornecerem peças para manutenção. As companhias deverão disponibilizar pelo menos 15 peças para manutenção, por cinco anos após o lançamento de cada aparelho.
O objetivo da proposta é reduzir a emissão de carbono causada pela indústria de smartphones, já que a manutenção dos aparelhos será aprimorada. Segundo o Financial Times, aumentar a vida dos dispositivos em cinco anos é equivalente a remover a poluição de cinco milhões de carros.
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Além de diminuir a emissão de carbono, a União Europeia afirma que forçar as fabricantes a disponibilizarem produtos mais duráveis, e com melhor manutenção, pode reduzir o lixe eletrônico e as taxas de reciclagem da Europa.
Com a proposta, os consumidores terão acesso à substituição de baterias, carregadores, telas, entre outras peças, por até cinco anos.Fonte: Shutterstock
Caso não forneçam novas baterias aos consumidores durante os cinco anos, as fabricantes devem cumprir testes de bateria para garantir que os aparelhos sejam disponibilizados com baterias de alta qualidade. As empresas também devem garantir que as atualizações de software não prejudiquem a bateria.
Após a adoção da proposta, uma nova etiqueta energética será usada em smartphones e tablets na Europa, assim como as etiquetas em TVs e produtos da linha branca. Além disso, os dispositivos móveis receberão informações sobre proteção contra água/poeira e sobre resistência a quedas.
Preocupação ambiental
As informações indicam que a nova proposta não se aplicará aos telefones e tablets dobráveis ou smartphones de alta segurança. Segundo a ONG ambiental Environmental Coalition on Standards (ECOS), a proposta inda precisa ser melhorada.
“Embora geralmente encorajadoras, as propostas ainda devem ser significativamente melhoradas. A disponibilidade e a possibilidade de substituição de certas peças de reposição estabelecem limites desnecessários para os reparadores do tipo 'faça você mesmo'”, a ECOS detalhou.
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