Em sua apresentação na Computex 2022, a AMD anunciou um novo segmento de processadores: o Mendocino. Integrando a família Ryzen 6000, as CPUs tem objetivo de levar a poderosa micro-arquitetura de RDNA2 para notebooks de uso cotidiano, garantindo menos aquecimento e melhor eficiência energética.
Embora a empresa do lado vermelho da força esteja com a arquitetura Zen 4, soquete AM5 e os processadores Ryzen 7000 chegando no fim do ano, a série Mendocino utiliza arquitetura Zen 2, lançada em 2019.
A estratégia é a mesma utilizada no projeto do Steam Deck da Valve, que utiliza um processador customizado de codinome Van Gogh. Essencialmente, há grandes similaridades entre os projetos, embora o processo de fabricação do Mendocino seja mais refinado, trazendo uma litografia de 6nm e não de 7nm, como o restante da arquitetura Zen 2.
Fonte: PCGamer e AMD/reprodução
O grande truque da AMD parece estar nesse emaranhado de arquiteturas. Mesmo sendo relativamente antigo, por contar com uma litografia menor, o novo chip deve entregar 18% de densidade lógica a mais do que a série Ryzen 5000, feita em 7nm. Isso vai impactar tanto em frequências mais altas quanto em melhor autonomia de energia, que deve chegar a 10 horas de uso em intensidade moderada.
Mendocino pode ter desempenho do Steam Deck
Infelizmente, detalhes adicionais não foram revelados, mas a companhia prometeu processadores com no máximo quatro núcleos e 8 threads. Em termos de processamento gráfico, sabemos apenas que os modelos serão baseados em RDNA2, teoricamente oferecendo uma qualidade robusta na medida do possível.
Por ser similar ao Steam Deck, talvez possamos ver notebooks de uso doméstico ou corporativo com uma potência similar ao portátil da Valve. A linha Mendocino deve começar a aparecer em laptops somente no fim de 2022 entre US$ 399 (cerca de R$ 1.960) e US$ 699 (R$ 3.430).
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