Lançada no Brasil em agosto de 2020, a TV OLED LG CX está disponível nos tamanhos de 55, 65 e 77 polegadas, com preços originais sugeridos que variam entre R$ 8.399 e R$39.999. No entanto, já é possível encontrar em varejistas o modelo menor por cerca de R$ 5.500.
Com resolução 4K e taxa de atualização de até 120 Hz, o painel sem backlight tem 8,3 milhões de pixels que se autoiluminam individualmente, oferecendo um preto mais profundo e cores intensas. As especificações no papel são atraentes, mas será que vale o investimento?
Design e conectividade
Com um design elegante, a LG CX possui uma base em metal escovado que fica bem próxima da parte inferior da TV, enquanto a parte traseira traz uma tampa de plástico para ajudar a organizar os cabos. Na parte superior até pouco abaixo da metade da tela, o aparelho é extremamente fino, mas não se engane, pois a TV pesa 23 quilos.
LG 55CX tem poucos milímetros de espessura na parte superior da tela (Foto: Joyce Macedo/TecMundo)
No quesito conectividade, a CX também chama atenção: são quatro portas HDMI 2.1 (ponto para a LG), três USB, uma Ethernet/LAN para conexão de internet via cabo, uma entrada de TV digital e uma saída óptica de áudio.
O Bluetooth é 5.0 e o Wi-Fi 802.11ac que permite transferência na faixa de 5 GHz. Um ponto negativo é o cabo de energia fixo no aparelho, que pode dificultar a instalação em determinados tipos de móveis.
Traseira da LG 55CX é mais espessa na parte inferior para abrigar as conexões (Foto: TecMundo)
Sistema operacional
O sistema operacional adotado pela LG neste modelo é o WebOS 5, que mostra os aplicativos instalados na TV num menu que fica na parte inferior da tela e pode ser acessado pelo botão home do controle remoto. O OS tem muitas animações que mostram sua fluidez, mas é possível mexer nessa configuração e escolher suas preferências.
Quem quiser visualizar conteúdo do celular na tela grande pode optar pelo Miracast ou pelo AirPlay. Um painel de controle também permite visualizar todos os equipamentos que estão conectados à TV, incluindo aparelhos de casa inteligente.
A loja de apps traz uma grande variedade de títulos para download, mas a própria TV tem um recurso nativo interessante para os amantes de esportes: o Alerta de esportes. A ferramenta permite ao usuário cadastrar o time que seja acompanhar para receber notificações com placar de jogos em tempo real.
Menu com apps da LG CX (Foto: TecMundo)
A LG CX conta ainda com acionamento por voz em português via Google Assistente ou Amazon Alexa, que já vêm embarcados nas TVs. Além disso, a plataforma de ThinQ AI, da própria LG, também permite encontrar canais, buscar vídeos na internet ou ver a previsão do tempo, por exemplo, usando apenas comandos de voz.
Também dá para controlar o aparelho por usando a Alexa, o que significa que você pode usar uma Echo para desligar a TV em outro cômodo, por exemplo.
Controle remoto e aplicativo
O controle remoto é um tópico à parte. O modelo adotado pela LG aqui é o Smart Magic, que funciona como uma espécie de mouse, pairando sobre a tela quando você aponta para a TV. O problema é que o controle é grandalhão se comparado aos concorrentes e, além disso, o cursor pode se tornar irritante.
Detalhe do cursor do controle na tela (Foto: TecMundo)
Ele também possui scroll para navegar mais rápido pelos menus, além de um botão especial para dar zoom nas imagens em tempo real e botões dedicados à Netflix e Amazon. Apesar de ser cheio de recursos, eu realmente não consegui me acostumar com esse cursor vermelho apontando na tela sempre eu encostava sem querer no controle.
No entanto, a LG também tem um aplicativo que faz as vezes de controle remoto (amém). Claro que isso significa usar mais o celular, mas isso não é nenhum bicho de sete cabeças. O app, chamado LG ThinQ, permite controlar as principais funções básicas da TV.
App LG ThinQ
Qualidade de imagem
A linha LG CX conta com processador Alpha 9 AI de terceira geração. O chip usa deep learning e inteligência artificial para melhorar a qualidade de imagem e som das TVs. Isso significa que toda imagem recebida pelo aparelho é analisada para que o processador entenda o que precisa ser aprimorado, permitindo assim deixar rostos e textos mais claros, reduzindo desfoques e tremulações.
A qualidade de painéis OLED é inegável e sempre impressiona. Aqui na CX não é diferente: as cores são vibrantes e ricas, os níveis de preto são excelentes, oferecendo o contraste esperado para uma TV dessa faixa de preço. O HDR dinâmico fica por conta da presença do Dolby Vision, que ajuda na otimização da cor.
Conteúdo com Dolby Vision (Foto: TecMundo)
Diferente das TVs LCD, que possuem um backlight para transmitir a luz através de um filtro e mostrar as cores na tela, a OLED da LG tem pixels que se autoiluminam individualmente e criam o que a fabricante chama de contraste infinito e preto puro. O resultado é uma iluminação mais consistente, sem halos ao redor de objetos mais brilhantes.
A LG CX possui uma série de modos de cena, mas os amantes de filmes podem optar pelo modo Filmmaker, que permite assistir ao conteúdo da forma como ele foi idealizado pelos seus criadores. Isso significa desligar alguns recursos de processamento de imagem que podem interferir na estabilização, por exemplo.
Apesar de toda a qualidade do display da LG, é impossível falar de OLED sem citar o temido burn-in. A CX conta com proteções contra esse tipo de problema, que nada mais é do que um desgaste em locais que exibem imagens estáticas durante muito tempo, como o logo de emissoras de TV.
Recursos como “deslocamento de tela”, que mudam a imagem em intervalos de tempo regulares; o “ajuste de luminosidade do logotipo”; e a “atualização de pixels” prometem ajudar na suavização e limpeza da imagem quando a tela estiver desligado ou ligada em canais com logos estáticos. No entanto, a LG não seguiu a ideia da Samsung de dar uma garantia específica contra burn-in, portanto, é sua conta em risco.
Proteção da LG CX contra burn-in (Foto: TecMundo)
Áudio
Passando para o áudio, o som da LG CX também causou um impacto positivo durante os nossos testes. O sistema de quatro alto-falantes em 2.2 canais conta com potência de 40 W RMS e Dolby Atmos, o que resulta em um som melhor do que o que estamos acostumados a ouvir em outros modelos de TV, deixando a necessidade de uma soundbar menos gritante. O Bluetooth também permite parear caixa de som sem fio para um som estéreo.
O modo IA Pro também merece destaque, pois apesar de equalizar automaticamente o áudio após identificar via inteligência artificial o que está sendo reproduzido, o resultado é bem envolvente, equilibrado e imersivo.
Configurações de som da LG CX (Foto: TecMundo)
Jogos
Aqui os gamers também passam bem com a compatibilidade com NVIDIA G-Sync e AMD FreeSync, que oferece mais nitidez e responsividade para os jogos de PC.
O HDMI 2.1 também proporciona baixa latência e taxa de atualização variável até 120 Hz, deixando a jogatina mais fluída. No modo Game, a LG CX também oferece redução no desfoque de movimento e nos fantasmas.
Vale a pena?
A TV OLED LG 55CX é uma aposta certeira para quem quer qualidade de imagem, principalmente na hora de assistir filmes ou jogar. No entanto, estamos falando de um produto caro, o que sempre coloca em xeque a possibilidade de burn-in a longo prazo – algo que não podemos comentar com assertividade durante nosso pequeno período de testes.
Fato é que entre Samsung e LG, as duas grandes proeminentes do mercado brasileiro de TVs premium, a escolha fica muito por conta da preferência do usuário, principalmente no que diz respeito aos recursos que vão além da qualidade de imagem.