A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o início da atividade de entregas via drone de produtos comprados pela internet ou por telefone. Por enquanto, a novidade está funcionando em formato de testes, e apenas uma empresa foi liberada pela agência: a brasileira Speedbird.
O drone da companhia se chama DVL-1 e foi desenvolvido para fazer entregas de comida. Ele pesa 9 quilos e consegue atingir 32 quilômetros por hora transportando pacotes de até 2 kg.
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Contudo, existem limitações impostas pela Anac para a realização desses testes. Ao passo que o operador do drone não precisará ter o veículo em seu campo de visão o tempo todo, o raio de funcionamento desse formato será de 2,5 km a partir do ponto de decolagem. Além disso, os colaboradores da Speedbird precisarão seguir as regras já definidas para pilotagem de drone no Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial (RBAC-E) n. 94 da Anac.
Drone DLV-1 da Speedbird (Divulgação)
Empresa brasileira
Em entrevista ao UOL, Roberto Honorato, superintendente de aeronavegabilidade da Anac, disse acreditar no sucesso da modalidade das entregas por drone no país. "Dentre as atividades que a sociedade espera para os drones explorarem, o delivery é uma das mais promissoras", comentou. "Obter o Cave [Certificado de Autorização de Voo Experimental] é uma etapa importante no processo de desenvolvimento do negócio, principalmente por ser de uma empresa brasileira".
Ainda não há detalhes sobre as localidades em que a Speedbird pretende operar, mas a companhia já havia anunciado uma parceria com o iFood para fazer entregas em Campinas (SP) em modo experimental.
O objetivo era iniciar os testes em setembro do ano passado, mas a companhia precisou passar por dois testes supervisionados pela Anac para demonstrar que cumpria os requisitos de segurança mínimos exigidos pela agência.
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