A Qualcomm apresentou nesta terça-feira (30) uma nova dupla de processadores para dispositivos vestíveis, normalmente relógios inteligentes. Os modelos são o Snapdragon Wear 4100 e 4100+, que devem integrar fabricante parceiras que utilizam dispositivos do ecossistema Wear OS (o antigo Android Wear, da Google).
Os chips são fabricados em uma arquitetura de 12nm e trazem um desempenho 85% superior à geração passada (Snapdragon Wear 3100) quando o assunto é lançamento de aplicativos, responsividade da interface de usuário e experiências de foto e vídeo. Além disso, a placa gráfica embutida é 2,5 vezes mais rápida do que a geração anterior.
Um "coprocessador" de baixo consumo de energia fica sempre ligado para realizar determinadas atividades, como contagem de passos e monitoramento cardíaco — e deixando a unidade principal para tarefas mais exigentes. Por fim, a bateria ganha 25% a mais de vida útil, mesmo pareado via Bluetooth com outros dispositivos.
Separando as tarefas
Essa mistura de economia e performance também significa que, ao mesmo tempo, os relógios podem exibir mais conteúdos no modo ambiente e ainda manter sensores ligados, como o monitoramento de sono. O mesmo vale para o uso em atividades esportivas. O 4100+, que é o mais poderoso da dupla, é composto por quatro núcleos Cortex A53 de 1,7 GHz.
Entre as diferenças entre os dois processadores estão algumas conectividades suportadas: o 4100+ é o único que aceita Bluetooth 5.0, Wi-Fi 802.11a/b/g e EV-DO. O microprocessador de sinal dele também é mais avançado, sendo o modelo Hexagon QDSP6 V56, da própria Qualcomm.
Disponibilidade
Os primeiros produtos com os processamentos da plataforma Snapdragon Wear 4100 e 4100+ serão anunciados a partir desta semana por fabricantes parceiras, com lançamento programado inicialmente para o final deste ano.
Os chips podem ser também um necessário respiro no mercado do Wear OS: pesquisas realizadas no início do ano passado indicavam que o sistema tinha apenas 10% do mercado de smartwatches nos EUA.
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