Ainda que os mais modernos smartwatches existentes do mercado ainda não sejam capazes de detectar a temperatura corporal devido a uma série de fatores, eles ainda podem ser uma ferramenta crucial para identificar seu estado de saúde. Não só doenças cardíacas, mas pesquisadores já tentam relacionar a frequência cardíaca e outros sinais com mais enfermidades, como a COVID-19.
Não é novidade que wearables — principalmente Apple Watches e Fitbits — são capazes de identificar comportamento irregular do coração. Essa capacidade dos sensores, inclusive, já foi responsável por diagnósticos capazes de ajudar a salvar vidas de usuários pelo mundo.
Mas como um smartwatch poderia identificar alguma doença com sintomas de febre, desconforto e outros? O segredo está na vasodilatação, uma a reação do corpo para inflamações. Seu cérebro percebe que precisa aumentar a frequência cardíaca para aumentar a quantidade de sangue circulando pelas regiões inflamadas, já que seus vasos sanguíneos estão dilatados.
Gráficos exibidos no CardiogramFonte: MacWorld
Essa descoberta partiu do cofundador do app Cardiogram, um aplicativo disponível em Apple Watches e dispositivos com WearOS, da Google. Agora, portadores desses dispositivos podem monitorar e ver os relatórios dos batimentos cardíacos durante o sono.
Quando ocioso, seu corpo tende a ter um ritmo constante de batimentos por minuto. Contudo, doenças podem interferir nesse comportamento e gerar oscilações evidentes. Isso significa que o estudo do ritmo cardíaco durante o sono é fonte de informações para determinação de doenças simples, como a gripe — ou mais graves, como a COVID-19.
Ainda assim, o Cardiogram ainda está analisando essas flutuações e interferências na frequência cardíaca, já que outros fatores também podem alterar esses números, incluindo ingestão de álcool, consumo de cafeína, ansiedade e outras. Sendo assim, seu smartwatch ainda não o notificará caso sua frequência cardíaca oscile misteriosamente.
Frequência cardíaca pode indicar a presença de agentes infecciososFonte: (Doug Duvall/IDG)
Dados fazem a força
Os aparelhos FitBit não contam com o aplicativo Cardiogram, mas são capazes de exibir o nível estimado de oxigênio no sangue — também monitorando sua frequência cardíaca durante a noite. Ainda que os resultados não sejam instantâneos e precisos, o wearable é capaz de identificar os níveis de oxigênio no sangue pelo comportamento do seu corpo enquanto dorme.
Determinar esse número em conjunto com a análise da frequência cardíaca pode gerar diagnósticos mais precisos e determinar a presença de agentes infecciosos. No entanto, por se tratar de estudos em andamento, ainda não é possível utilizar as informações coletadas pelos smartwatches para determinar gripes e outras doenças. Entretanto, podemos torcer para que mais funções cheguem aos relógios.
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