Se é possível construir foguetes usando impressoras 3D, por que não prédios? Pois o maior a ser completamente erguido no local foi inaugurado em Dubai, nos Emirados Árabes (não é, porém, o mais alto: o recorde é um prédio de apartamentos de cinco andares, na China, cujas peças foram impressas numa fábrica e só então, levadas para o local de construção).
O edifício de dois pavimentos, encomendado à empresa americana Apis Cor, é o primeiro de muitos: a prefeitura de Dubai espera que, até 2030, 25% de todas as construções da cidade sejam erguidas via impressão 3D. O prédio vai servir como escritórios para a administração municipal.
Para cobrir os 640 metros quadrados de área, a empresa usou uma impressora 3D acoplada a um guindaste para o deslocamento por todo o canteiro de obras. Foi necessário apenas o trabalho de três homens, além da máquina, para erguer o edifício.
Material reciclado e mais leve
O único problema, na verdade, foi quanto ao material usado, por conta das condições climáticas extremas. “Testamos e melhoramos nossa mistura, e o resultado é um grande avanço não só para nós como para a indústria de impressão 3D em concreto”, disse a CEO e fundadora da Apis Cor, Nikita Cheniuntai.
A empresa usou na obra uma mistura com restos de materiais de construção reciclados e mais cimento. O resultado é um material (desenvolvido pela empresa) 50% mais leve por usar gesso na composição e e, segundo a Apis Cor, mais durável a longo prazo, além de ser produzido localmente.
O prédio começou a ser erguido de maneira convencional, ou seja, as fundações foram feitas com misturas de concreto; só então a impressora 3D começou a erguer as paredes. Cada uma é formada por um conjunto de duas folhas, com um padrão em ziguezague entre elas. Os espaços são preenchidos posteriormente com vergalhões e concreto comum. Finalizada essa etapa, os trabalhadores fazem o telhado, o corte de espaços para janelas e as instalações elétrica e hidráulica.
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