Pode parecer ficção científica, mas trata-se de uma notícia real: a Ehang, uma empresa chinesa que constrói drones capazes de transportar passageiros humanos, apresentou requerimento junto à US Securities and Exchange Commission, a comissão de valores mobiliários norte-americana. A solicitação é para uma oferta pública inicial de US$ 100 milhões em ações no Nasdaq, o sistema da Bolsa de Valores de Nova York, que reúne principalmente ações de empresas de alta tecnologia, biotecnologia, informática e internet.
Com isso, a empresa, que já realizou diversos voos de teste nos últimos anos, pretende criar o primeiro serviço mundial de táxi aéreo autônomo. O veículo principal da Ehang é um 16-rotor Ehang 216 de dois assentos, baseado no Ehang 184 da primeira geração, porém com oito braços em vez de quatro — essa alteração permite que o veículo tenha sua capacidade aumentada de um para dois passageiros.
Teste piloto
Na China, a Ehang recebeu autorização dos órgãos reguladores para lançar um serviço comercial de mobilidade aérea em Guangzhou (Cantão). Como parte do programa piloto, a empresa está trabalhando em um sistema de cooperação com o governo para iniciar um centro de controle de tráfego aéreo para supervisionar especificamente os "veículos aéreos autônomos".
No atendimento aos passageiros, a Ehang planeja usar esse programa piloto para testar mais rotas aéreas e "vertiportos" dos quais suas aeronaves elétricas possam decolar e pousar. A empresa também planeja fazer entregas de suprimentos médicos leves, inclusive sangue e órgãos para uso de emergência.
Planos para o futuro
Apesar dos planos ambiciosos, o chefe do departamento de marketing da Ehang, Derrick Xiong, reconhece que o maior desafio para a empresa ainda é a "aceitação social" dos táxis aéreos autônomos. "Precisamos ter mais horas de voo e mais dados de navegação", disse Xiong. "Precisamos aumentar nossos testes de passageiros de 200 para 2 mil, 20 mil pessoas".
Xiong contou que se sentiu "muito nervoso" durante o seu primeiro teste de voo no Ehang 184, há 3 anos, mas assim que pousou quis voar de novo: "Foi tipo, você sabe, quero mais!".
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