Apesar de não ser tão conhecida pelo público em geral, a fabricante britânica ARM é responsável pelos componentes que estão dentro dos chipsets de praticamente todos os smartphones, e hoje (27) a firma apresentou seu lineup de tecnologias premium para 2020.
Durante o seu evento anual TechDay, que acontece dentro da Computex 2019, a companhia apresentou os núcleos de processamento Cortex-A77 e a GPU Mali-G77, que estarão presentes nos aparelhos mais potentes do ano que vem.
De acordo com a ARM, a nova microarquitetura utilizada na fabricação do Cortex-A77 garante uma melhora entre 20% e 35% na performance em comparação ao seu antecessor, o Cortex A76, que está presente no chipset Snapdragon 855, da Qualcomm.
(Fonte: ARM/Divulgação)
Além disso, o núcleo de processamento promete trazer grandes evoluções no processamento de machine learning, realidade virtual e aumentada, bem como uma melhora de 20% no IPC (instruções por clock).
Já a Mali-G77 é uma placa gráfica que promete entregar um desempenho 1,4 vezes superior, além de trazer 30% mais aproveitamento de energia e 60% mais performance para machine learning. Com isso, podemos esperar smartphones com gráficos melhores e que consomem menos bateria.
(Fonte: ARM/Divulgação)
Arquitetura Valhall
Tudo isso é possível graças ao uso da nova arquitetura Valhall, que possui 30% mais densidade que sua antecessora e permite colocar mais componentes dentro de um chip.
De acordo com a ARM, o principal objetivo dos seus novos produtos é garantir performance para a chegada da conexão 5G e novos dispositivos de Internet das Coisas. Graças a esse foco, a companhia deu bastante ênfase nas evoluções de seus produtos no processamento de IA e machine learning, tecnologias essenciais para o desenvolvimento de carros autônomos e assistentes de voz, por exemplo.
(Fonte: ARM/Divulgação)
Apoio no 5G
Devido a abrangência de seus componentes, a empresa também acredita que seu novo pacote de tecnologias será essencial na chegada do 5G para mais mercados, já que permitirá que desenvolvedores criem soluções para diferentes marcas e produtos usando uma mesma plataforma.
"O 5G exigirá desempenho e eficiência, o que significa que precisamos de uma arquitetura comum para facilitar o design e a implantação", explica Rene Haas, presidente de do Grupo de Propriedade Intelectual da ARM.
Como as novas tecnologias da ARM só devem chegar ao mercado no ano que vem, vamos ter que esperar um bom tempo para ver os componentes em ação.
Com isso, a principal questão que fica no ar agora é: será que a Huawei, uma das maiores fabricantes mobile do mundo, vai conseguir utilizar as novidades em seus smartphones após ter sido banida pela companhia britânica?
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