Mais um acidente fatal foi depositado na conta da Tesla. Esse foi pelo menos o terceiro caso envolvendo o recurso chamado Autopilot (Piloto Automático, em tradução livre) de seus veículos elétricos. O acidente em questão ocorreu no dia 1º de março de 2018 na cidade de Delray Beach, nos Estados Unidos.
O Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB), que está investigando o caso, disse que o motorista ativou o Piloto Automático e, em seguida, retirou as mãos do volante. O sistema não detectou o controle do carro por pelo menos 8 segundos antes do acidente, quando o carro acabou parando embaixo de um semirreboque e tendo seu teto arrancado.
No momento do impacto, o veículo estava a 109 km/h em uma rodovia em que o limite de velocidade é de 90 km/h. De acordo com o NTSB, nem o sistema da Tesla nem o motorista tentaram manobras para evitar o acidente.
Nome confuso?
Embora o sistema da Tesla se chame Autopilot, ele pode ser considerado uma solução de direção semiautomática, já que a empresa aconselha os motoristas a se manterem atentos à direção e a não tirarem as mãos do volante sob hipótese alguma.
Em comunicado, a empresa de Elon Musk ainda afirmou que, de acordo com estatísticas, seus clientes já acumularam mais de 1,6 bilhão de quilômetros percorridos com o Autopilot ligado, e que, quando ele é utilizado da forma correta, a direção se torna mais segura do que sem ele.
Ainda assim, o acidente reacendeu a discussão sobre a eficiência do recurso. Para David Friedman, ex-funcionário da Administração Nacional de Segurança Rodoviária (NHTSA), o sistema não foi capaz de evitar o acidente nem de manter o motorista com a atenção voltada para a direção.
Atualmente, tanto a NTSB quanto a NHTSA mantêm investigações sobre outros acidentes com carros da Tesla, envolvidos ou não com o Autopilot.