O Airbus A380 foi lançado há 14 anos, quando havia uma grande expectativa por aeroportos maiores e cada vez mais lotados — o superjumbo, capaz de levar mais de 500 passageiros de uma só vez e consumiu mais de US$ 25 bilhões para seu desenvolvimento. Após um relativo sucesso inicial, o mercado não absorveu o porte da aeronave, que teve 234 unidades, das quais 100 pertecem à companhia aérea Emirates, de Dubai.
Redução dos pedidos da Emirates custou US$ 500 milhões à Airbus em 2018
O total fabricado não chegou nem perto dos 1,2 mil A380 que a Airbus pretendia vender e a ascensão dos jatos mais econômicos e leves foram aos poucos deixando o gigante de lado. Assim, com dificuldade de encontrar compradores, a fabricante europeia anunciou nesta quinta-feira (14) que vai interromper as entregas em 2021.
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“Como resultado dessa decisão, não teremos entregas futuras relevantes do A380 para sustentar a produção, apesar de todos os nossos esforços de venda para outras companhias aéreas nos últimos anos. O anúncio é doloroso para nós e também para toda a comunidade do A380 no mundo”, comunicou a Airbus.
Unidades em atividade continuarão recebendo suporte
A decisão veio após a redução de pedidos da Emirates, que custou mais de US$ 500 milhões à Airbus em 2018. Embora isso não tenha sido tão impactante na expansão de 29%, com lucro de US$ 3,5 bilhões na temporada passada, a situação ficou insustentável. Mais de 3,5 mil funcionários devem ser afetados com o fim do A380.
A Emirates ainda está revendo o que vai fazer a respeito e disse que deve migrar seus pedidos para aviões menores, o A330-900 e o A350-900. E a Airbus prometeu manter o suporte enquanto houver unidades no ar.