A startup marroquina ATLAN Space está desenvolvendo uma inteligência artificial (IA) para ser usada em drones autônomos, que farão a patrulha da costa africana, a fim de evitar a pesca ilegal. Em junho, após apresentar o projeto da IA, a ATLAN Space ganhou o Prêmio de Proteção Marinha — de US$ 150 mil, da National Geographic Society — para poder implementá-lo. O projeto terá início nas Ilhas Seychelles, em outubro, e poderá ser expandido para combater a caça ilegal e o desmatamento.
A ideia surgiu quando Badr Idrissi, CEO, e Younes Moumen, ambos cofundadores, descobriram que a pesca ilegal custa aos países da costa oeste da África cerca de US$ 2,3 bilhões ao ano. O drone com IA portará informações sobre pontos críticos de ocorrência de pesca ilegal, onde fará a vigia. Quando detectar um barco, ele será capaz de distinguir entre um barco de cruzeiro, um barco tanque ou barco de pesca. Em seguida, poderá determinar se a embarcação é autorizada e se está operando em uma área marinha protegida.
Caso conclua que a atividade é ilegal, o drone registrará a localização do barco, o número de identificação e o número de pessoas a bordo e transmitirá essas informações às autoridades via satélite, em tempo real.
Idrissi explicou que, com a IA, é possível substituir o piloto, o analista de dados, o equipamento de transmissão e, assim, reduzir os custos. Além disso, exigindo menos esforços dos guardas costeiros, estes podem focar na interceptação dos barcos ilegais.
A lista de utilidades dos drones não para de crescer. Será que já podemos dizer que, depois do cão, o drone é mesmo o melhor amigo do homem?
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