O Google Glass não está morto, por mais que ele tenha sido retirado de parte do mercado e não possa ser adquirido por consumidores. Desde o ano passado, o Google reformulou o aparelho para focar no mercado corporativo, adequando os aplicativos e o tipo de funcionalidade oferecida para funcionários de clientes e empresas parceiras que apostam nessa tecnologia.
Na última terça-feira (24) o Google apresentou um aplicativo desenvolvido por uma empresa de Israel chamada Plataine que tem exatamente esse objetivo. Ele utiliza inteligência artificial para reconhecer falas, oferecer respostas e mostrar informações. A companhia também está trabalhando para adicionar o reconhecimento de imagem em uma futura versão do programa. Os atuais clientes da Plataine incluem empresas como Boeing, Airbus e General Electric.
A ideia é que eles coloquem os óculos inteligentes ao chegar no trabalho para já receber informações sobre as tarefas mais urgentes do dia.
Foram mostrados exemplos de como os funcionários dessas empresas poderão utilizar o dispositivo para executar algumas tarefas da rotina. A ideia é que eles coloquem os óculos inteligentes ao chegar no trabalho para já receber informações sobre as tarefas mais urgentes do dia. O aparelho também utiliza a nuvem do Google para oferecer uma assistente pessoal que dá informações sobre onde um material específico pode ser encontrado, por exemplo.
As possibilidades devem ficar ainda mais interessantes com a futura implementação do reconhecimento de imagem, que será capaz de ler códigos de barras ou mesmo reconhecer ferramentas do local de trabalho. Durante todo o processo, o chefe responsável pelo setor poderá ver as ações do funcionário que está usando o Google Glass.
Essa mudança para o mercado empresarial ainda está em fase inicial, mas o Google tem boas expectativas para o crescimento da divisão durante os próximos anos, apostando principalmente na habilidade da empresa com inteligência artificial para oferecer aplicações de interesse das empresas.
Outro ponto que também parece resolvido em relação à primeira versão do Google Glass é a questão da privacidade.
Outro ponto que também parece resolvido em relação à primeira versão do Google Glass é a questão da privacidade. O dispositivo foi alvo de críticas por permitir a captura de vídeos e fotos sem oferecer uma forma de deixar claro para as pessoas que elas estavam sendo gravadas. Isso deixa de ser um problema no ambiente profissional, onde os funcionários são instruídos sobre o papel dos óculos.
Com a mudança de foco — o nome oficial do dispositivo até foi alterado para Google Glass Enterprise Edition — a companhia também espera alcançar suas principais rivais no campo de automação do trabalho usando a nuvem. Atualmente, essa área de nuvem corporativa é liderada pela Amazon e também tem uma presença forte da Microsoft, ambas empresas que concorrem com o Google em outras áreas.
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