Quem ainda tinha alguma expectativa de que a Apple lançasse seus óculos de realidade aumentada até 2020 pode tirar o cavalinho da chuva. É o que diz Gene Munster, analista da Loup Ventures, que nesta semana reviu suas últimas previsões, divulgadas em meados do ano passado, e declarou que só acredita na chegada dos Apple Glasses ao mercado em torno de dezembro de 2021.
De acordo com ele, que tem se reunido periodicamente com especialistas da área, esses produtos ainda precisam de muitos aprimoramentos antes de serem postos à venda. A notícia é um balde de água fria nos sonhos de muita gente, mas não é novidade. Tim Cook, CEO da empresa, já havia declarado, em outubro de 2017, que “a tecnologia necessária [para oferecer a melhor experiência em realidade aumentada] ainda não existe”.
Projeção de como seriam os Apple Glasses. Foto: Reprodução/iDrop News
O desenvolvimento dos Apple Glasses merece mesmo um cuidado especial. Segundo Munster, a expectativa é de que, se for comercializado ao preço unitário de US$ 1,3 mil, o produto deve gerar um faturamento de cerca de US$ 13 bilhões só nos primeiros 12 meses de vendas — o que elimina qualquer hipótese de ele ser lançado antes de atender às demandas do mercado.
Uso da RA deve amadurecer em três etapas
Ainda de acordo com o consultor, a popularização da realidade aumentada é uma questão de tempo. Para ele, isso deve ocorrer em três etapas: primeiro, através do lançamento, ainda neste ano, de iPhones mais avançados, preparados para novas abordagens de RA; em seguida, pelo desenvolvimento de apps que explorem essas possibilidades; e, finalmente, pela chegada dos Apple Glasses em 2021/2022, quando tanto os usuários quanto a tecnologia estarão mais maduros.
Enquanto isso não acontece, a gente alimenta as expectativas exercitando a imaginação e tentando responder à pergunta que não quer calar: afinal, do que os Apple Glasses serão capazes?
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