As HoloLens, os óculos da Microsoft para as realidades aumentada e virtual (a empresa de Redmond chama a combinação de “realidade mista”), têm uma segunda edição no forno já há algum tempo, mas poucas informações a respeito chegaram ao público nos últimos meses. Agora, a companhia parece estar pronta para falar um pouco mais sobre os aprimoramentos na unidade de processamento do gadget, assim como seu suporte de computação em nuvem. O porta-voz foi o brasileiro Alex Kipman, uma das mentes também por trás do Kinect.
Em julho do ano passado, a empresa chegou a comentar sobre as HoloLens 2.0 e um novo chipset holográfico, com um sistema secundário alimentado por inteligência artificial (IA), que seria responsável por implementar de forma nativa e flexível a Deep Neural Networks no próprio dispositivo.
“Isso continua sendo nossa jornada, a de permitir que os computadores realmente percebam seus ambientes, e estamos apenas começando. O poder de computação fornecido pela nuvem é um dos catalisadores que aceleram a IA e esse é o ano em que a nuvem de realidade mista se torna real. A IA assistida por nuvem para a compreensão de objetos físicos já está acontecendo. Combinar isso com uma realidade mista permitirá que entreguemos experiências persistentes com pessoas, lugares e coisas”, disse, em texto veiculado no LinkedIn.
RA, RV e comunicação imersiva
Ao falar da realidade mista, Kipman fez questão de destacar que a ideia da Microsoft é trabalhar em um esforço conjunto em ambos os setores da realidade aumentada (RA) e da virtual (RV). Isso é uma das diferenças da companhia de Redmond atualmente no mercado, que nesse momento vê mais oportunidades comerciais com a RA.
Como pai de uma filha de 7 anos, com a maioria da minha família morando no Brasil, adoro imaginar uma realidade onde ela possa interagir com toda a família nos finais de semana
Um dos exemplos dado por ele é a possibilidade de trabalho conjunto, como se parceiros estivessem próximos em uma mesma sala, incluindo a diferença espacial que muitas vezes se faz importante em um ambiente colaborativo. “Às vezes, você não pode estar ‘ombro a ombro’ com alguém, mas o trabalho que você está fazendo exige esse nível de proximidade. Mais do que apenas uma experiência de comunicação compartilhada, você precisa de presença. A realidade mista permite que você esteja presente e compreenda espacialmente as coisas, mesmo quando as pessoas não estão fisicamente no mesmo espaço.”
Uma das grandes apostas da Microsoft, segundo o engenheiro, é a comunidade digital AltspaceVR. “Também penso em como a realidade mista mudará a maneira como me comunico na minha vida pessoal. O espaço e o custo são ilimitados na realidade mista. Como pai de uma filha de 7 anos, com a maioria da minha família morando no Brasil, adoro imaginar uma realidade onde ela possa interagir com toda a família nos finais de semana — para curtir um jogo de tabuleiro em uma mesa com todos os seus primos ao redor do mundo de uma forma socialmente presente e imersiva.”
Contudo, Kipman não falou mais detalhes sobre o hardwares das HoloLens 2.0 e nem mesmo data de lançamento. E você, o que acha dos gadgets da Microsoft, que em março completam dois anos? Deixem suas opiniões nos comentários e compartilhe!
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