Tudo começou quando o violinista Sean Riley decidiu que iria tocar uma música do compositor americano John Adams. Ele tinha se apaixonado pela partitura que levava as notas da peça The Dharma at Big Sur. "Era incrível, e eu tinha de tocá-la”, afirma o violinista, que entrou no mundo da música aos 7 anos de idade.
Acontece que a composição tinha um detalhe específico que o impedia de tocá-la. “O único problema era que estava escrito para violino elétrico de 6 cordas", comenta o musicista em seu site, onde descreve toda a história. Sean não tinha um equipamento desse modelo, tampouco poderia pagar US$ 3 mil para conseguir um.
Violinos tradicionais possuem quatro cordas. Essa peça exige duas cordas extras, porque ela oscila entre notas agudas e mais graves, alcançando o tom do violoncelo. Ou seja, ele precisaria dar um jeito de conseguir as notas que não podia tocar.
Foi então que ele teve a ideia: formou uma equipe com o engenheiro mecânico Daniel Goodwin e a escultora Rebecca Milton para que seu projeto ganhasse vida. Ambos os especialistas pertencem à Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e trabalham em um departamento focado em impressão 3D.
"Nosso primeiro protótipo nos deu uma boa ideia sobre como construir um violino", disse ele, complementando que, por ser de plástico, ainda era necessário ajustar o modelo para que, de fato, soasse como um violino.
Depois de 1 ano e muitos testes, Riley e sua equipe chegaram ao modelo atual, mas o musicista afirma que ainda há detalhes a serem alterados. "A versão atual funciona como um sonho, e eu tenho praticado nela. O próximo modelo provavelmente será o produto final para esse projeto específico, mas o potencial para o design utilizando a impressão 3D é incrível", afirma. "Em breve vou gravar com o instrumento e, finalmente, vou me apresentar com ele ao vivo."
A melhor parte do projeto é que, por ser impresso em 3D, pode ser vendido por apenas US$ 10. "Não posso fazer isso com outros violinos elétricos de seis cordas", disse ele, em entrevista à Quartz.
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