As telas sensíveis ao toque podem até estar inseridas no cotidiano das pessoas, mas as canetas stylus ainda possuem suas vantagens. Enquanto elas são utilizadas principalmente pela comunidade artística, muitos usuários ainda as preferem devido à sua alta precisão de sensibilidade com a tela.
Existem vários tipos de canetas stylus no mercado atualmente. Em 2015, a Apple lançou a Pencil para o iPad Pro (que não funciona em outros modelos da linha), sensível a pressão e inclinação; a Samsung trouxe a S Pen para a linha de dispositivos Galaxy Note; já a Microsoft oferece a Surface Pen para os laptops com touchscreen e os sistemas operacionais Windows 8/8.1 ou Windows 10. Essas, obviamente, não são compatíveis entre si, você não pode usar uma S Pen em um iPhone ou uma Surface Pen em um iPad, por exemplo.
Pensando nessa incompatibilidade, a Google e a 3M se juntaram recentemente à Universal Stylus Initiative (USI), um grupo fundado em 2015, para criar um padrão universal de caneta stylus compatível com vários dispositivos touchscreen, incluindo smartphones, tablets e mesas digitalizadoras, ou seja, uma caneta stylus que poderá ser projetada e criada por qualquer fabricante (como a Dell, a Lenovo ou a HP, por exemplo). O projeto visa também reduzir as incompatibilidades entre as stylus e os dispositivos touchscreen que existem no mercado atualmente.
O fato de a Google ter se juntado ao projeto provavelmente significa que os futuros Chromebooks com touchscreen e talvez até os dispositivos Pixel poderão suportar o padrão USI.
O padrão requer o uso de um canal de comunicação bidirecional entre a caneta e o dispositivo. O sistema permite, por exemplo, gravar a cor da tinta digital e as configurações de seu traçado, podendo utilizá-las em diferentes dispositivos, sem que precise configurá-las novamente. Cada dispositivo pode gerenciar até seis canetas simultaneamente, suportando 4.096 níveis de sensibilidade a pressão (o mesmo nível de pressão da S Pen da Samsung e da Surface Pen da Microsoft) e medição inercial de 9 eixos, que garante a detecção precisa até mesmo dos movimentos mais complexos.
O padrão também define a maneira como a caneta envia os dados relacionados ao nível de pressão, as ações da borracha e a pressão dos botões no dispositivo em que está sendo usado. A USI diz que sua tecnologia faz uso do mesmo sensor de toque existente em dispositivos touchscreen, como tablets e smartphones.
Essa é a primeira atualização da USI após a introdução do padrão em 2016. Além da Google e da 3M, a Lattice Semiconductor, a Maxeye Smart Technologies, a MyScript e a Tactual Labs se juntaram à iniciativa, que agora conta com mais de 30 companhias.
Veja o vídeo oficial do projeto abaixo
O que você achou desse projeto da USI? Será que a Google vai tornar esse recurso padrão no sistema operacional Android também no futuro? Conte para a gente nos comentários abaixo!