No futuro (que sabe não tão distante), pode até ser que máquinas controladas por inteligência artificial dominem a raça humana e sejamos finalmente exterminados. Porém, enquanto esse período apocalíptico não chega, parece que os robôs estão realmente dispostos a salvar vidas. Ao menos é isso que podemos concluir com base no resultado da primeira microcirurgia assistida por uma mão robótica.
O procedimento foi realizado no Centro Médico da Universidade de Maastricht, na Holanda, e teve como objetivo o tratamento de linfedema. A cirurgia usou mãos robóticas para suturar vasos de 0,3 a 0,8 milímetros no braço do paciente. Esse é um procedimento tão delicado que somente poucos cirurgiões em todo o mundo se arriscariam a fazer.
Mão amiga
O robô usado nessa operação foi construído pela empresa Microsure, que conta com alguns dos médicos da universidade como seus fundadores. Embora o braço robótico represente um verdadeiro avanço do ponto de vista tecnológico e científico, ele ainda precisou ser operado por um ser humano para funcionar perfeitamente. Porém, seu uso trouxe inúmeras vantagens para a operação.
Como o robô apenas transmite os movimentos do cirurgião, a inteligência artificial consegue eliminar pequenas vibrações e deslocamentos indesejados
Como o robô apenas transmite os movimentos do cirurgião, a inteligência artificial consegue eliminar pequenas vibrações e deslocamentos indesejados. Graças a essa mão robótica, o procedimento foi “mais limpo” e realizado com perfeição. O paciente em questão passa bem e se recupera após a cirurgia.
“Nós estamos muito satisfeitos e orgulhosos de que a primeira intervenção usando o nosso robô tenha sido um sucesso e que os cirurgiões estão animados”, disse Raimondo Cau, um dos cirurgiões da Microsure. “Isso prova que a nossa tecnologia é um avanço importante na melhoria do atendimento cirúrgico. Como próximo passo, buscamos auxiliar profissionais em outros tipos de procedimentos cirúrgicos, como reconstrução de tecidos após a remoção de um tumor. Usando o nosso dispositivo, eles poderão realizar uma cirurgia com maior precisão e menos complicações”.
Fontes
Categorias