Quem acompanha o mercado de dispositivos móveis já deve estar acostumado a ver tanta evolução em um único segmento. Além das inovações em design e a adição de funcionalidades que facilitam a nossas vidas, há uma categoria de componentes que também cresce de forma acelerada, mas que fica escondida “embaixo do capô”: os chipsets que equipam os aparelhos.
O “cérebro” dos smartphones, assim como os componentes encontrados em desktops e notebooks, evolui a cada ano e “respeita” uma lei que tem ditado as regras por muitas décadas. Apesar da crise pela qual a Lei de Moore passa atualmente, não podemos negar que a próxima geração de chipsets tem tudo para marcar uma revolução no segmento.
Próxima geração de chipsets deve marcar uma revolução no segmento.
1. Qualcomm Snapdragon 820
Alguns podem até estar preocupados com os casos de superaquecimento apresentados pelo Snapdragon 810, mas o atual “rei” da categoria garante que o mesmo não vai acontecer o Snapdragon 820. Detalhes do chipset foram revelados durante a MWC 2015, mostrando que a Qualcomm quer realmente correr atrás do prejuízo e recuperar o espaço perdido para outras companhias.
A empresa foi a primeira gigante a adotar a arquitetura de 64 bits nos dispositivos móveis e promete adicionar muita tecnologia no novo chipset. O processo de fabricação FinFET – sigla que faz referência à técnica de sobrepor chips em configurações 3D – de 14 nanômetros é um dos destaques dessa família, que ainda conta com suporte a tecnologia de memória LPDDR4 e à nova GPU Adreno 530.
Qualcomm Snapdragon 820.
2. Apple A9
Apesar de as informações sobre esse chipset ainda permanecerem um mistério, é praticamente certo que a Apple vai utilizá-lo na próxima geração de iPhones. O A8X, componente que equipa o iPad Air 2, pode ser encarado como uma prévia para o que está por vir.
Mesmo tendo se mostrado inferior ao novo NVIDIA Tegra X1, o A8X confirmou que a Apple sabe otimizar muito bem os seu componentes. Um chipset dual-core que conseguiu surpreender a todos é a maior prova disso.
Apple A9.
3. Kirin 940 e Kirin 950
A família de chipsets Kirin, fabricada pela chinesa Huawei, também promete incomodar a concorrência na próxima geração de smartphones. O rumor de que o próximo Nexus pode vir com um Kirin 930 ainda não foi confirmado, mas seus detalhes técnicos surpreendem: oito núcleos (quatro Cortex-A57 e quatro Cortex-A53) baseados no processo de fabricação de 16 nm, arquitetura de 64 bits e 2 GHz de frequência.
Um chipset da Huawei foi testado em nossa análise do Ascend P7 e passou uma boa impressão. Apesar de a interface usada pela companhia ter oferecido alguns engasgos, no geral o componente se mostrou muito competente. A próxima geração, composta pelos Kirin 940 e Kirin 950, é esperada para o final de 2015 ou começo de 2016.
Chipset Kirin.
4. MediaTek MT8173
Equipando dispositivos da Lenovo, a MediaTek está aos poucos conquistando o seu espaço no segmento de chipsets. A empresa, na realidade, está por trás de muitos aparelhos do mercado, e foi a responsável por anunciar o primeiro processador octa-cora “de verdade”.
A expectativa é de que a companhia ainda se apoie no processo de fabricação de 20 nanômetros, mas outros afirmam que a MediaTek vá apostar nos 16 nm. O MT8173 é o chipset da empresa que deve chamar a atenção dos concorrentes e consumidores no começo de 2016.
Chipset MediaTek.
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