Desde a última atualização de termos de privacidade, o WhatsApp tem passado por algumas polêmicas. Acontece que, depois do update, o mensageiro começou a dividir os dados de usuários com o Facebook, empresa a que pertence. O grande problema nessa história é que isso sempre foi vendido como algo que jamais aconteceria, mas aconteceu. Por conta disso, algumas pessoas levaram a companhia à Justiça na Índia.
Os dois queixantes recorreram com a alegação de que a empresa quebrou o trato original, ou seja, de não divulgar informações pessoais para a rede social de Mark Zuckerberg. A resposta do WhatsApp, conforme esperado, foi a padrão: o mensageiro não compartilha fotos, informações, conversas ou quaisquer outros dados. Apenas o nome e o número são vistos pelo Facebook – caso você queira desligar essa opção, confira o que fazer neste link.
Vulnerabilidade em potencial?
Conforme já comentamos aqui, a nova política de dados pessoais do WhatsApp poderia, na teoria, colocar os dados dos usuários em uma situação delicada e vulnerável. Por mais que o mensageiro compartilhe apenas o nome e o número de telefone das pessoas, imaginar o que pode ser feito com esse termo de privacidade assusta os mais preocupados com a segurança da informação.
O maior argumento do advogado dos representantes (Karmanya Singh Sareen e Sherya Sethi) é de que há abertura para usar os dados dos usuários para “outros propósitos”. O representante legal também disse que poderia haver violações de copyright nas políticas de privacidade do Facebook, pois todo o conteúdo compartilhado poderia ser usado para “criar trabalhos derivados”.
Facebook e WhatsApp causam polêmica
A defesa retrucou e usou o clássico argumento: caso o usuário não aceite os termos de uso, ele pode sair voluntariamente do mensageiro. “Você começou a usar o WhatsApp por vontade própria e pode parar por vontade própria também”, alegou Luthra, o advogado do WhatsApp.
A resposta da empresa é padrão: você teme que os seus dados sejam compartilhados e não aceita os termos? Pare de usar o WhatsApp
Apesar de funcionar dessa maneira na Índia, as leis de cada país podem interferir na decisão, caso haja chance para recorrer. No país do caso, o TRAI (Telecom Regulatory Authority of India ou Autoridade Regulatória de Telecomunicações da Índia) já afirmou que não tem poder para regular política de privacidade de uma companhia privada.
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