Nokia Lumia 1020, um dos celulares que pode ser oferecido aos deputados.
Os gastos feitos com dinheiro público pelos políticos brasileiros são um assunto bastante delicado, já que eles somam grandes cifras — e há quem ache que tudo isso é justificável e quem é realmente contra. A novidade sobre este cenário, por assim dizer, é que uma notícia recente pode reacender diversas discussões e polêmicas.
Nesta terça-feira (6), foi divulgado que a Câmara dos Deputados pretende gastar cerca de R$ 210 mil para trocar o celular de alguns políticos da Casa. Neste caso, os líderes de partido e os participantes da Mesa Diretora iriam receber smartphones novos em folha, sendo que os modelos escolhidos foram o iPhone 5S, Nokia Lumia 1020 e Samsung Galaxy S4.
Trocando os gratuitos pelos pagos
Os preços de cada aparelho vão de R$ 1,5 mil até R$ 2,7 mil, sendo que inicialmente 75 novos smartphones devem ser comprados. Além disso, os técnicos da câmara também estão avaliando os custos para que mais 50 pessoas da Secretaria de Comunicação sejam agraciadas com alguns modelos mais simples de celulares.
Aparentemente, essa troca de dispositivos deve acontecer pela idade dos celulares que são utilizados pelos parlamentares atualmente. Em 2011, a Nokia disponibilizou o seu aparelho E -72 para a Casa, mas sem custo algum. Contudo, muitos dos políticos utilizam apenas o chip de telefonia cedido pelo governo em seus próprios smartphones.
Os gastos não acabam por aqui
Acontece que os R$ 250 mil reais não são a única conta que o governo federal vai precisar pagar e que está relacionada aos celulares dos parlamentares. Há anos, todos os 513 deputados têm o direito de utilizar seis linhas telefônicas para exercer suas atividades de trabalho, algo que entra na verba que esses políticos têm.
O deputado Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais.
Como exemplo dos grandes gastos com contas telefônicas, o site Folha de São Paulo citou o deputado Reginaldo Lopes (PT – MG), que tem uma média de R$ 11 mil por mês na conta do seu celular, com ligações para fixos e móveis.
Apesar de tudo isso, a Câmara dos Deputados informou que o plano de troca ainda está em fase de estudos e não é obrigada a comprar os celulares novos; isso vai ser feito de acordo com as necessidades que aparecerem. Além disso, os valores de mercado caem durante a concorrência para atender a Casa, assim como pode haver acordos de contratos mais em conta.
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