(Fonte da imagem: Reprodução/Reuters)
Um novo serviço polêmico está prestes a ser lançado, possuindo o potencial de gerar vários debates sobre a liberdade da internet. Conhecido como OpenLeaks, o novo site vai permitir o upload e divulgação de documentos contendo informações confidenciais que possam ser de interesse para o público em geral.
O projeto foi fundado por quatro ex-membros do Wikileaks, dentre os quais está Daniel Domscheit-Berg, autor do livro “Os Bastidores do WikiLeaks: A história do site mais controverso dos últimos tempos escrita por seu ex-porta-voz”, publicado no Brasil pela Editora Elsevier.
Plataforma independente
Atualmente, somente seis pessoas trabalham no site, que é totalmente financiado por seus próprios membros. Segundo Domscheit-Berd declarou ao The Awl, “não há patrocinadores, não há fundações, corporações ou pessoas que nos paguem para fazer o que fazemos. Tudo é 100% financiado com fundos privados por mim e pelos outros. Isso é bom porque agora somos independentes e não há quem possa nos apressar”.
A principal diferença do OpenLeaks para o WikiLeaks é que o novo serviço não vai fazer qualquer edição dos conteúdos lá hospedados, sequer sendo capaz de lê-los. O objetivo é simplesmente fornecer uma plataforma para a divulgação de documentos confidenciais, que só poderão ser vistos pelo público delimitado pela fonte. A intenção é agir de forma totalmente neutra, algo que se opõe bastante à visão do site criado por Julian Assange.
Tornando a informação mais democrática
Domscheit-Beard afirmou que essa foi a solução encontrada para evitar pressões de meios de comunicação, que agora vão se relacionar de maneira mais direta com quem produziu o material original. Além disso, ao permitir que os autores da denúncia determinem para quem certos documentos devem ser distribuídos, o serviço vai permitir que mais pessoas tenham acesso ao material original que provocou uma denúncia.
“Atualmente, todos os jornalistas estão sentados sobre o seu material, tentando protegê-lo de outras pessoas, porque podem continuar a explorá-lo. E isso não ajuda a sociedade. Porque é aí que estamos hoje: pessoas estão simplesmente copiando e colando as histórias de agências de notícias porque elas não têm acesso aos materiais originais”, afirmou o fundador do OpenLeaks.
Fonte: The Awl