Faz exatamente duas semanas e dois dias desde que Pokémon GO foi lançado ao Brasil. Poucos jogos causaram tamanho alvoroço em seu lançamento quanto a nova obra da Niantic Labs — bastou que os servidores do MMO fossem liberados por aqui para que a redação do TecMundo se esquecesse momentaneamente das metas de produção, se concentrando apenas em um único objetivo: pegar todos.
Hoje em dia, porém, a história é um pouquinho diferente. Por mais que alguns integrantes de nossa equipe ainda estejam viciados em caçar pokémons (montando um exército abominável de Zubats), no geral, a maioria dos afetados pelo hype inicial já não consegue mais enxergar tanta graça em Pokémon GO. Mas, afinal, o que falta no jogo para que ele possa, de fato, prender os jogadores por um tempo razoável?
Para responder a essa pergunta, coletamos depoimentos de alguns membros da equipe por trás do TecMundo para descobrir o que eles estão achando do título. Vale observar, aliás, que nós já publicamos duas colunas que exemplificam bem essa divisão de opiniões: enquanto Paulo Guilherme afirma que Pokémon GO é um passo na direção errada, Felipe Gugelmin acredita que o game é uma escolha certeira que fortalece a marca.
O que falta em Pokémon GO?
Ramon de Souza (Redator)
Particularmente falando, por mais animado que eu estivesse com o jogo durante seu lançamento, acabei desinstalando Pokémon GO dois dias após baixá-lo. O principal motivo que me levou a abandonar a jornada foi a falta de otimização do game — embora não seja graficamente pesado, o título trava constantemente em meu dispositivo móvel, que possui configurações intermediárias.
Além disso, não há PokéStops e nem Ginásios em Itaquaquecetuba, cidade em que resido atualmente. Não faz o menor sentido eu caçar monstrinhos somente durante meu expediente. Por fim, mesmo se tais problemas desaparecessem, eu ainda sentiria falta de mais recursos sociais na obra — afinal, qual é a graça de colecionar criaturas se você não pode interagir com outros jogadores, trocar pokémons com eles ou exibir suas medalhas?
Falta de PokéStops e Ginásios em locais afastados prejudica a diversão
Vinícius Munhoz (Redator)
“Pokémon GO continua instalado no meu smartphone e jogo regularmente. Entretanto, o hype inicial, ou seja, a ânsia de ter o app aberto 20 horas por dia para não perder nada, passou. Perto de onde eu moro há pouquíssimas aparições de pokémons, não há PokéStops e nem Ginásios. Tenho que conciliar o pouco tempo livre do trabalho com a jogatina e isso não é muito legal”, afirma Vinícius, que escreve para o TecMundo e gerencia a nossa página Elite Pokémon GO.
“Apesar de já ter feito alguns passeios para pegar monstrinhos, os resultados repetidos acabam desanimando um pouco. Para voltar a ter minha atenção, o jogo precisa ter as funcionalidades de batalha e de pokémons próximos arrumadas, e contar com alguma novidade grande, como uma nova geração”, comenta o redator.
Vinícius critica a repetição de monstrinhos em determinadas áreas
Ana Nemes (Redatora)
“Eu instalei no minuto que saiu e estava bem empolgada para jogar, mas fui desanimando gradativamente nas próximas horas”, explica Ana, que analisa aplicativos e games para o Baixaki. “Ter que deixar o app aberto para chocar os ovos, com a possibilidade de assalto e de ficar sem bateria, contou bastante negativamente, além dos pokémons muito repetidos em uma mesma região. Desinstalei nem 24 horas depois de instalar e não me arrependo”, diz.
A Ana não gostou de ter que manter o app aberto o tempo todo para chocar ovos
Douglas Vieira (Redator)
“Enquanto muitos estão deixando Pokémon GO de lado, eu ainda continuo me divertindo com o game”, comemora Douglas, que escreve, sobretudo, para o TecMundo Games. “Ainda não evolui muitos pokémons, mas me divirto bastante procurando por novos membros para o meu time ao lado da minha esposa — aliás, arrisco dizer que ela está se divertindo bem mais com o game do que eu”, conclui.
O Douglas continua se divertindo com o game
Mariana Macedo Marques (Analista de Mídias Sociais)
“Comecei a jogar assim que o jogo veio pro Brasil e fiquei super empolgada! Desde que iniciei a aventura percebi que ando bem mais pela minha vizinhança (que é abarrotada de PokéStops e Ginásios), mas já notei que, em outros bairros, jogar Pokémon GO é bastante desanimador”, confessa Mariana, que gerencia as redes sociais de alguns produtos do Grupo NZN.
“Lutei pouco em ginásios e ainda não peguei o jeito, mas acho chato não poder batalhar com as pessoas que estão comigo. Nesse sentido, falta aumentar a interação. No mais, sinto que com o tempo boa parte das pessoas vão jogar com menos frequência, pois o jogo exige não só o tempo, mas também o deslocamento e nem sempre dá pra ficar perambulando por aí, né?”.
O Nilton sentiu falta de maiores interações sociais
Nilton Kleina (Coordenador de Conteúdo)
“Ainda tenho Pokémon GO instalado, mas o ritmo da minha jogatina caiu consideravelmente e só ligo ele volta e meia. Não curti o esquema de ginásios, então decidi que preencher a PokéDex seria o meu grande objetivo. Com o passar dos dias, só consigo no máximo um bicho novo por dia (com vários sendo evoluções, não inéditos capturados)”, lamenta Nilton. É ele quem coordena o TecMundo Games, separando pautas e administrando a equipe.
“Isso desanima, já que, fora isso, acumulo uma legião de Weedles, Staryus, Zubats, Poliwags e Goldeens — os únicos Pokémon que habitam a região da minha casa. Acho incrível como as pessoas ainda se reúnem em alguns pontos da cidade cheio de PokéStops a qualquer horário, mas a Niantic já deve ter percebido que o game desacelerou e precisa implementar coisas novas imediatamente”, conclui.
Dê a sua opinião!
Se você conferiu todos os depoimentos deste artigo, é bem provável que tenha reparado que, de um modo geral, todo mundo reclama dos mesmos problemas. A falta de recursos sociais e a ausência de conteúdos em determinadas regiões disparam no ranking como os principais pontos negativos de Pokémon GO. E você? Já desinstalou o título ou ainda está caçando pokémons a todo vapor? Deixe sua opinião no campo de comentários.
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