A comunidade gamer está ansiosa para colocar as mãos no novo dispositivo de realidade virtual da Sony, o PlayStation VR. Vale notar que ele não vai ser tão barato, chegando ao mercado por US$ 400 — em conversão, R$ 1,4 mil, mas sabemos que ele chegará mais caro ao Brasil.
Por isso, vários desenvolvedores que estão trabalhando com o gadget de realidade virtual resolveram comentar sobre o fluxo de trabalho e também sobre o que eles esperam do PlayStation VR.
As entrevistas foram realizadas pelo MCV e incluem profissionais de empresas como a Cryengine e a 505 Games. Outras desenvolvedoras que trabalham com os “óculos do PS4" são a From Software, a 2K Games, a Capcom, a Konami e até a EA, que pretende fazer uma experiência VR de Star Wars Battlefront.
Aqui embaixo, você vê o nosso vídeo de quando colocamos as mãos no PlayStation VR — na época, conhecido como Project Morpheus.
Supermassive Games
Segundo Simon Harris, produtor executivo, "o PlayStation VR definitivamente possui poder suficiente para criar experiências em realidade virtual incríveis e visualmente imersivas, com a fidelidade de alta definição que os gamers esperam". Além disso, que o gadget é uma "aposta de peso" da Sony dentro de um mercado com consumidores estabelecidos.
Simon Harris
Wales Interactive
Ben Tester, gerente de comunidade e relações públicas, disse que o PS VR vai "superar as expectativas de consumidores, especialmente quando compararmos a diferença de preço com os concorrentes". Ainda, Tester comentou que a Sony está quebrando a barreira virtual da TV, e o próximo passo deve ser algo relacionado ao PlayStation Camera.
Ben Tester
Cryengine
"Estamos alcançando os 60 quadros por segundo de maneira sólida. Isso significa que estamos renderizando 120 fps por segundo, um para cada olho, na alta fidelidade que a Cryengine pode oferecer. Baseados em várias experiências, sabemos que o PlayStation 4 e o PlayStation VR são muito capazes de rodar uma boa realidade virtual", disse Frank Vitz, diretor criativo da Cryengine.
Frank Vitz
Triangular Pixels
Katie Goode, da Triangular Pixels, acredita que o gadget é ótimo para se tornar um item socialmente aceito dentro de casa. Além disso, "com um preço que o público parece ter achado razoável". "Um dos recursos mais bacanas é a tela social, permitindo que gamers joguem em conjunto mesmo com o PS VR".
Katie Goode
Techland
O produtor técnico da Techland, Artur Janik, comentou o seguinte: "Muitas pessoas querem que a VR seja um sucesso porque ela realmente adiciona algo especial, então, como desenvolvedores, precisamos garantir que a VR não se tornar outra moda de hardware, como as TVs 3D". Se você não sabe, as ofertas de TVs 3D estão diminuindo e a tecnologia, de maneira doméstica, está com os dias contados.
Artur Janik
Bossa Studios
Sylvain Cornillon, CTO da Bossa Studios, comentou que vários jogos e demos já provaram que o PlayStation VR tem poder suficiente para rodar games em VR bastante atraentes. Entre eles: Job Simulator, Fantastic Contraption e The London Heist. "Mesmo que o desenvolvimento para consoles seja mais difícil para pequenas empresas, ele pode ser uma ótima porta de entrada para o mercado de realidade virtual", disse o CTO.
Sylvain Cornillon
505 Games
O SVP de marketing da 505 Games, Tim Woodley, disse que a Sony tem "a faca e o queijo na mão". Isso porque o PlayStation 4 já está alcançando uma base de 40 milhões de usuários pelo mundo, e convencer estes usuários a comprar um gadget de US$ 400 é mais fácil do que convencê-los a comprar um dispositivo VR bem mais caro.
Ainda, ele comentou que tudo vai terminar em "experiência". Se ele vai dar certo ou não, vai depender de experiência agradáveis e atraentes que as desenvolvedoras possam oferecer — que eles também devem ter aprendido isso com a era dos controles de movimento Wii, Kinect e Move.
Tim Woodley
Rebellion
CEO da Rebellion, Jason Kingsley, disse: "Queríamos fazer Battlezone para várias plataformas de realidade virtual, mas tivemos muita sorte em trabalhar de perto com a Sony no PlayStation VR. Não tivemos problemas com o poder de hardware — na verdade, foi um ônus para os desenvolvedores criarem games VR confortáveis e imersivos por meio da mesma tecnologia e design.
Jason Kingsley
Climax
"O PlayStation VR vai ser o dispositivo mais acessível e conectado, e seu lugar na sala de estar significa que ele também será mais acessível para uma audiência muito maior — mesmo que casualmente", comentou Simon Gardner, o CEO da Climax.
Simon Gardner
Harmonix Music Systems
Darren Williams, VP de marketing da Harmonix Music Systems, comentou que é inegável que a realidade virtual é algo que puxa os entusiastas de PCs. Contudo, com a ação da Sony, fica claro que a VR pode se estabelecer "com um público mais vasto".
Darren Williams
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Fontes