Reuters. Por Diane Bartz e Jim Finkle - A Sony responsabilizou o conhecido grupo "Anonymous" por permitir indiretamente que um hacker obtivesse acesso a dados pessoais de mais de 100 milhões de jogadores de videogame.
A Sony afirmou que sua rede de jogos foi invadida ao mesmo tempo em que a empresa se defendia contra um ataque de negação de serviço de um grupo que se autodenomina Anonymous. Esse tipo de ataque faz com que um servidor ou sistema fique indisponível ao sobrecarregá-lo com tráfego.
Anonymous é o nome de um grupo da Internet que em dezembro lançou ataques que causaram o desligamento temporário dos sites da MasterCard e da Visa usando simples ferramentas de software disponibilizadas gratuitamente na Internet. O grupo atacou as duas empresas de cartões de crédito após ambas terem bloqueado pagamentos ao WikiLeaks.
A Sony afirmou nesta quarta-feira que o Anonymous já havia lançado um ataque contra a empresa há algumas semanas, num protesto depois que a Sony se defendeu contra um hacker em um tribunal federal em São Francisco.
Fraquezas oportunas
O ataque que roubou os dados pessoais dos usuários foi lançado separadamente, enquanto a Sony se defendia contra a campanha do ataque de negação de serviço, afirmou a empresa. A companhia afirmou desconhecer se as organizações dos dois ataques estavam trabalhando juntas. A acusação estimulou mais reclamações de que a divulgação do fato pela Sony foi inadequada e tardia.
A Sony afirmou ter esperado dois dias após a descoberta do roubo de dados de sua rede do PlayStation antes de contatar órgãos oficiais, e não se encontrou com autoridades do FBI antes de cinco dias. "A Sony tem sido vítima de um ciberataque cuidadosamente planejado, muito profissional e altamente sofisticado", disse Kazuo Hirai, presidente do conselho de administração da Sony, em uma carta ao Congresso dos Estados Unidos.
O sequestro de dados estimulou o Departamento de Justiça dos EUA e o FBI a abrir uma investigação, disseram autoridades nesta quarta-feira. "É algo que estamos levando extremamente a sério", disse o procurador geral Eric Holder.
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