Com a chegada dos aparelhos de televisão de alta definição, os padrões de resolução dos DVDs comuns se tornaram ultrapassados, exigindo a criação de novas mídias que atendessem à qualidade proposta pelos novos televisores.
Para você ter uma idéia, a resolução padrão de um DVD comum é de 720X480 pixels, enquanto os novos aparelhos de LCD atingem os 1920X1080, com promessas de aumentar estes padrões em alguns anos para os consumidores comuns.
Uma troca necessária
Sendo assim, manter a qualidade máxima de um DVD comum para quem acaba de adquirir um novo televisor de LCD ou Plasma seria jogar todo este potencial no lixo. A partir deste dilema começou uma nova briga, entre o HD DVD, liderado pela Toshiba, e o Blu-ray, pela Sony.
O grande trunfo das empresas em conseguir ampliar a densidade de dados em uma mídia aparentemente igual aos antigos DVDs é fazer uso de um laser mais fino que os anteriores para gravar e posteriormente ler a mídia.
Em termos simples, é como se pedissem para você escrever um mesmo texto com uma caneta de retroprojetores e outra esferográfica comum. No segundo caso, você ocuparia bem menos espaço para conseguir passar a mesma informação.
Comparações entre HD DVD e Blu-ray
Sem destrinchar muito os formatos em nível técnico, pode-se dizer que o HD DVD, ou Disco Digital Versátil de Alta Densidade/Definição (High Definition/Density Digital Versatile Disc) é em teoria muito semelhante ao Blu-ray, que leva esse nome devido à coloração azulada do laser utilizado pelos seus dispositivos.
Com o mesmo tamanho físico e a utilização de lasers praticamente iguais, diferindo de 400nm, no HD DVD, para 405nm, no Blu-ray, você deve estar se perguntando quais as grandes diferenças na vida do consumidor ao aderir a um ou outro formato? A resposta é uma relação inversa entre capacidade e proteção contra riscos, o que explicarei no parágrafo seguinte.
As grandes diferenças
Um HD DVD comum suporta cerca de 15GB de informação, podendo alcançar facilmente 30GB em mídias de dupla camada. Um disco de Blu-ray atinge incríveis 25GB, ou 50GB em dupla camada, fator decisivo na preferência de muitos parceiros e empresas do ramo cinematográfico e de jogos.
Por outro lado, no HD DVD, a distância entre a camada de gravação dos dados e a camada de proteção contra riscos é de 0,6mm, enquanto no Blu-ray é de 0,1mm. Na prática, isso significa que os discos em Blu-ray são bem mais suscetíveis a riscos e perdas de informação de comparados ao HD DVD.
O fim da briga
Devido a uma maior aceitação do padrão Blu-ray, além de maiores parcerias com as empresas produtoras de filmes e jogos, a Toshiba anunciou em 19 de fevereiro de 2008 a desistência na “guerra” pelo formato sucessor do DVD, uma lástima para quem já havia adquirido um aparelho para ele.
No fim das contas, quem sai ganhando é o consumidor, que agora tem um formato único para a próxima geração da reprodução e armazenamento de mídia, o Blu-ray, já utilizado com sucesso no PS3 e em leitores e até mesmo gravadores da mídia nos PCs de última geração. E a evolução não pára por aí, já que formatos de leitura em gravações holográficas estão em desenvolvimento, permitindo taxas de armazenamento inimagináveis para os padrões atuais.