Análise: placa de vídeo ASUS Radeon HD 7790 DirectCU II OC

11 min de leitura
Imagem de: Análise: placa de vídeo ASUS Radeon HD 7790 DirectCU II OC

(Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

No início de 2012, a AMD lançou a família de placas gráficas AMD Radeon HD 7000. A série HD 7700 chegou com dois modelos diferentes: Radeon HD 7750 e Radeon HD 7770. As duas carregam o mesmo chip gráfico, de nome Cape Verde, que é uma versão um pouco mais simples dos chips Tahiti, encontrados nas placas Radeon HD 7900.

Agora, no início de 2013, a AMD apresentou ao mundo mais uma placa de vídeo da série HD 7700: a Radeon HD 7790. O equipamento não chegou para concorrer com as placas top de linha da AMD ou da NVIDIA, mas veio para oferecer aos jogadores um ótimo custo-benefício, já que ela custa pouco, mas nem por isso deixa de apresentar um desempenho satisfatório. O modelo chega para competir de frente com a — também nova — GeForce GTX 650 Ti Boost.

Nós testamos a Radeon HD 7790 Direct CU II OC da ASUS, que é um modelo que, além de apresentar todas as vantagens da placa de referência lançada pela AMD, ainda oferece diferenciais importantes, como um sistema de refrigeração personalizado, e já vem com overclock de fábrica.

Especificações

Conteúdo da embalagem

A embalagem da ASUS Radeon HD 7790 Direct CU II OC é relativamente simples. A parte externa mostra todos os detalhes da placa e dá ênfase ao sistema de refrigeração desenvolvido pela ASUS. A caixa também exibe todos os recursos do equipamento.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Dentro da embalagem, encontramos uma espuma de proteção antiestática e a placa armazenada no centro, também presa em um isopor antiestático. Logo ao lado temos um conector VGA-DVI e uma ponte Crossfire. Embaixo da proteção, encontramos um CD com os drivers e softwares da ASUS e um manual de instalação rápida.

Design da placa

Assim que olhamos para a placa pela primeira vez, o que mais chama a atenção são as duas ventoinhas enormes que cobrem quase toda a extensão do acessório. Elas fazem parte do sistema de refrigeração exclusivo da ASUS, o DirectCU II.

Na parte de cima é possível encontrar uma porta para conexão Crossfire e dois heatpipes que ajudam a transferir o calor do chipset para o dissipador, que também cobre quase a totalidade da extensão da placa.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O conector de energia fica localizado na parte posterior da placa, assim como em outros modelos da ASUS. Para conexão externa, a GPU possui dois conectores DVI, um HDMI e um Display Port.

Esse sistema de refrigeração da ASUS já se mostrou eficiente em outros modelos que analisamos. Ele é capaz de dissipar o calor gerado pela placa de forma eficiente e silenciosa.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Segundo a ASUS, o sistema de refrigeração DirectCU II pode ser até 20% mais eficiente que os modelos de referência testados. Como o calor é transferido mais rápido e de forma mais eficiente, os dois ventiladores posicionados sobre os dissipadores podem trabalhar mais lentamente, diminuindo muito o ruído produzido pela placa.

Nova arquitetura – Graphics Core Next

A atualização da arquitetura da placa levou o Graphics Core Next (GCN) à versão 1.1. O recurso foi a grande novidade da AMD para a geração HD 7000 e foi desenvolvido para ampliar o poder computacional do hardware como um todo e não apenas em tarefas específicas.

Um dos principais diferenciais da Radeon 7790 é que a placa de vídeo não trabalha com uma GPU com arquitetura Pitcairn, como os outros modelos da série HD 7700. A nova GPU trabalha com a arquitetura Bonaire. Isso possibilita à placa apresentar um desempenho até 50% superior ao da Radeon HD 7770, mesmo que o consumo energético seja basicamente o mesmo.

(Fonte da imagem: Divulgação/AMD)

O GCN presente na Radeon HD 7790 é composto por 14 unidades computacionais, enquanto as suas irmãs menores, do núcleo Cape Verde, possuem 10 e as suas irmãs maiores, Pitcairn, levam 20 unidades de computação cada.

AMD PowerTune

A arquitetura GCN desenvolvida pela AMD também pode fazer com que a GPU utilize a energia de forma mais inteligente e eficiente. Esse sistema executa uma análise criteriosa em tempo real dos jogos e aplicações que utilizam a GPU.

Caso a aplicação não esteja fazendo uso da maior parte da energia disponível para a GPU, o AMD PowerTune pode melhorar o desempenho do software em execução, aumentando o clock da GPU em até 30% de forma totalmente automática. Quem mais pode se beneficiar desse sistema são os games, que em determinados momentos — principalmente em cenas de ação — podem necessitar de mais força bruta da GPU.

Menos consumo energético

A geração 7000 das placas Radeon HD trabalha com um novo sistema de gerenciamento de energia: o AMD Zero Core Power. A empresa aproveitou a sua experiência com o desenvolvimento de chips para notebooks e conseguiu implementar novidades interessantes em suas GPUs.

Uma das vantagens trazidas por essa ferramenta é que a placa é praticamente desativada quando o monitor está desligado, garantindo muita economia de energia quando você não está utilizando o computador (além de fazer com que os componentes eletrônicos durem mais).

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Quem trabalha com soluções multi-GPU também pode se beneficiar do ZeroCore Power. Na maioria dos casos, mais de uma placa de vídeo só é necessária para jogos ou aplicativos que demandam muito poder de processamento gráfico, porém isso não acontece o tempo todo.

Quando você estiver navegando pela internet, por exemplo, a placa secundária que não está sendo utilizada também é desativada, garantindo uma durabilidade maior ao componente, além de muita economia de energia.

Qualidade de imagem e múltiplos monitores

O DirectX 11 trouxe inúmeros recursos avançados de tecnologia para melhorar substancialmente a qualidade de imagem. Um dos mais importantes dessa geração é, sem dúvida, o Tessellation.

O que esse recurso faz é simples. Sabemos que, dentro dos games, quase todos os objetos são construídos com polígonos. São milhares de triângulos posicionados lado a lado para compor os personagens, os cenários e tudo mais que existe na cena. Caso desejemos aumentar o número de detalhes, é preciso aumentar também o número de polígonos.

E é mais ou menos isso o que o Tessellation faz. O efeito quebra cada um desses polígonos em dezenas, centenas ou até mesmo milhares de pequenos triângulos, formando mosaicos e permitindo que o nível de detalhes presentes nas imagens aumente substancialmente.

A AMD entende a importância desse recurso e decidiu implementar melhorias radicais na família 7000 de GPUs. O que as placas podem oferecer é um aumento que vai de 79% até 350% de melhoria no desempenho das placas na hora de aplicar o Tessellation, segundo informações fornecidas pela própria AMD. Dessa maneira, é possível garantir mais qualidade de imagem com menos recursos gastos.

Crysis 3 (Fonte da imagem: Reprodução/Baixaki Jogos)

Além disso, nem sempre trabalhar com apenas um monitor é suficiente para reproduzir os efeitos especiais dos jogos. Alguns games imploram por um campo de visão mais abrangente. Um ótimo exemplo disso são os games de corrida.

Para resolver esse problema, a AMD trouxe para essa geração o Eyefinity 2.0, tornando a utilização de várias telas uma tarefa muito mais simples. Uma das novidades é que é possível utilizar telas com resoluções diferentes simultaneamente, configurando-as de forma independente, aumentando exponencialmente a compatibilidade.

Por outro lado, os efeitos especiais em três dimensões estão ganhando cada vez mais espaço no mundo do entretenimento, e a AMD também possui esse recurso em suas placas gráficas. Trata-se do HD3D, recurso que proporciona efeitos estereoscópicos em três dimensões.

Uma vantagem do HD3D é que ele pode ser combinado com o Eyefinity para garantir efeitos especiais 3D em mais de uma tela simultaneamente.

Preparação para os testes

A nossa análise compreende testes de desempenho, design e eficiência térmica. Para isso, utilizamos diversos softwares específicos e alguns games de última geração. Para concluir, também comparamos a placa de vídeo com outros modelos, podendo, dessa forma, saber como ela se comporta em relação às outras.

Configuração da máquina de testes

  • Processador: Intel Core i7 920 Socket 1366 - Bloomfield - 2,66 GHz;
  • Memória: 6 GB RAM DDR3 Triple Channel;
  • Placa-mãe: Gigabyte X58-USB3;
  • Chipset: Intel X58;
  • Sistema Operacional: Windows 7 Professional 64 bits.

Metro 2033

A história de Metro 2033 se passa em um futuro pós-apocalíptico. Depois de uma guerra nuclear, o mundo tenta se reerguer entre as cinzas da destruição. O jogo também é conhecido por exigir força bruta das placas de vídeo devido aos recursos gráficos presentes e explorados ao máximo.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

Crysis 2

O segundo jogo da série utiliza a CryEngine 3 para trazer efeitos especiais e visuais incríveis para os jogos. A série Crysis é conhecida por abusar do hardware e exigir máquinas poderosas para dar conta do recado.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

Batman: Arkham City

Em Batman Arkham City, o Homem-Morcego deve invadir a prisão de mesmo nome para desvendar o misterioso Protocolo 10 e enfrentar seus piores inimigos. O jogo apresenta um mapa grande para ser explorado, incluindo muitos detalhes e objetos para interação. Tudo isso acaba exigindo bastante das placas de vídeo.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

Total War: Shogun 2

Em Total War: Shogun 2, você assume o controle dos exércitos japoneses e precisa utilizar as melhores táticas de guerra para vencer as batalhas. O número elevado de personagens simultâneos na tela durante as lutas pode ser um desafio para sistemas menos potentes.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

Need For Speed: Most Wanted (2012)

O remake do game de corrida de 2005 traz um visual remodelado e a mesma temática do original: fugir da polícia pilotando os esportivos mais incríveis do mundo. Todos os veículos possuem detalhes incríveis, e os efeitos especiais do título dão um charme especial para as corridas, mas exigem um hardware competente para dar conta do recado.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

Aliens vs. Predador

Aliens vs. Predator é um jogo de tiro em primeira pessoa que coloca os fuzileiros coloniais contra os temíveis aliens e um predador em uma sangrenta batalha. O jogo foi um dos primeiros a utilizar o DirectX 11 para conseguir efeitos visuais interessantes.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

Battlefield 3

Battlefield 3 dá sequência à consagrada franquia de FPS da DICE, acrescentando à fórmula tradicional da série novas possibilidades estratégicas, bem como unidades inéditas e um tratamento gráfico diferenciado. Para aumentar a ação presente no título, a desenvolvedora também acrescentou novos mapas, armas e veículos.

O jogo possui gráficos incríveis e muitos efeitos de luz, fumaça e explosões. Tudo isso em meio a muita ação. Então, para ter uma experiência completa com o game, é necessário um hardware à altura. Logo, o título é um ótimo “termômetro” para medir a qualidade das GPUs.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

F1 2012

O mais importante em um jogo de simulação é a fidelidade dos detalhes. F1 2012 coloca você no comando dos mais velozes carros de corrida da categoria, todos com muitos detalhes gráficos e efeitos visuais impressionantes. Para manter a velocidade e a consistência durante as corridas, é preciso ter um equipamento à altura.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor. (Fonte da imagem: )

3D Mark 11

O 3D Mark é, talvez, o mais conhecido software de benchmark do mercado. No mundo todo, pessoas utilizam esse software para medir o desempenho de suas máquinas. É claro que não poderíamos deixar de testar nosso equipamento com este aplicativo.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

Unigine Heaven benchmark

O Heaven Benchmark foi desenvolvido para explorar todos os recursos das placas de vídeo, testando os limites do hardware em situações específicas. O teste é baseado no motor gráfico Unigine e utiliza o que há de mais moderno em sistema de iluminação, física e Tessellation para determinar o poder da placa de vídeo.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

Vale a pena?

A AMD lançou a Radeon HD 7790 quase no final da geração 7000. Mas isso não significa que a placa não seja de qualidade. A fabricante empregou uma nova tecnologia no modelo, atualizando a arquitetura e garantindo que os jogadores possam encontrar na GPU um desempenho razoável e um preço melhor ainda.

A concorrente direta dela é a GeForce GTX 650 Ti Boost, da NVIDIA. Durante os testes, pudemos perceber que as duas caminham muito próximas. Enquanto o modelo da AMD vence em algumas categorias, a da NVIDIA supera outras. Desse modo, para decidir entre elas, o que deve contar não é apenas o desempenho mas os recursos exclusivos de cada uma.

O modelo que nós testamos foi desenvolvido pela ASUS e mostrou mais uma vez que é possível desenvolver uma placa de vídeo razoavelmente poderosa — com overclock de fábrica — sem que o modelo seja barulhento.

(Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

No mercado brasileiro, conseguimos encontrar o modelo à venda por preços que variam de R$ 500 a R$ 600 (nos Estados Unidos a média de preço para o modelo é US$ 149), o que não é um valor muito alto, especialmente para um produto capaz de executar a maioria dos jogos atuais com gráficos em resolução Full HD e qualidade média para cima.

Por outro lado, a GeForce GTX 650 Ti Boost (que custa o mesmo preço da Radeon nos Estados Unidos) custa mais caro no Brasil, o que faz o modelo da AMD parecer uma alternativa um pouco mais interessante no quesito custo-benefício.

Para concluir, podemos afirmar que mesmo que o modelo não seja top de linha, é provável que a Radeon HD 7790 possa rodar os games modernos com um nível de detalhes satisfatório ainda por um bom tempo.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.