Depois de muitos rumores e informações um pouco desencontradas, agora é real. A nova GeForce GTX 680 chegou ao mercado e promete destruir a concorrência. O núcleo Kepler não veio para brincadeiras: a nova placa não é somente mais rápida que a Radeon HD 7970 da AMD — de 10% a 40%, segundo a NVIDIA —, mas possui recursos que irão revolucionar o mundo dos games.
A nova GeForce consome menos energia que as anteriores, consequentemente, gerando menos calor. Isso é possível graças a um controle mais inteligente e eficiente dos clocks da placa. Devido a isso, ela traz um recurso interessante: o GPU Boost. Ele aumenta a frequência conforme a necessidade do aplicativo e a disponibilidade de potência da placa.
Novas tecnologias para renovar o mercado de GPUs
Antes, para que algo pudesse ser destruído dentro de um jogo, os programadores precisavam desenhar e compor toda a ação, incluindo as animações. Esse modelo de destruição premeditada fazia com que o resultado final fosse sempre o mesmo. Com a nova GeForce, agora é possível executar a destruição dinâmica de objetos, ou seja, o que for destruído nunca o será da mesma maneira.
Um novo sistema de anti-aliasing (sistema que remove os serrilhados dos objetos) também foi desenvolvido pela NVIDIA. Segundo a empresa, a nova tecnologia, batizada como TXAA, apresenta a mesma qualidade de anti-aliasing da versão anterior, trabalhando em 8x, mas com o custo de desempenho equivalente a apenas 2x.
(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)
Outra função que promete aumentar a qualidade visual sem comprometer o desempenho é o Adaptive Vsync (Sincronização Vertical Adaptativa). Quando o Vsync é ativado, a taxa de atualização dos quadros do jogo é sincronizada com a frequência do monitor, garantindo uma movimentação muito mais suave na tela.
O problema é que, em cenas de movimentação intensa, o frame rate diminui, causando lentidão. Com o Vsync desativado essa lentidão não ocorre, mas os gráficos podem apresentar falhas.
O Adaptive Vsync junta o melhor dos dois mundos, ou seja, em trechos do jogo em que a animação é mais intensa, o Vsync é desativado automaticamente, evitando lentidão. Logo depois, ele é reativado, garantindo a fluidez da movimentação.
As especificações oficiais da GeForce GTX 680
- Núcleos CUDA – 1.536
- Unidades de textura – 128
- GFLOPs – 3.090
- Texel fill-rate – 128,8 Gigatexels por segundo
- Banda de memória – 192,26 GB por segundo
- Frequência do Clock (padrão) – 1.006 MHz
- Frequência do Clock (turbo) – 1.058 MHz
- Clock de Memória (GDDR5) – 6.008 MHZ
- Displays simultâneos – 4
- Consumo – 195 W
- Cache L2 – 512 KB
- Frame Buffer – 2.048 MB
- Interface de memória – 256-bits
- Transistores – 3,54 bilhões
A GPU mais rápida do mundo
Quando disse que a GeForce GTX 680 seria a placa mais rápida do mundo, a NVIDIA não exagerou. O site Gizmodo realizou uma série de benchmarks comparando a nova placa com os outros modelos top de linha atuais. Entre os concorrentes testados, temos a Radeon HD 7970 da AMD, a Geforce GTX 580 da própria NVIDIA e um modelo turbinado da GTX 580.
Os resultados são impressionantes: de oito jogos testados, a placa venceu sete, tendo perdido apenas um para a concorrente da AMD. Em um dos testes, a placa empatou tecnicamente com a irmã mais velha, a GTX 580 turbinada. Confira na tabela os resultados:
(Fonte da imagem: Gizmodo)
Todos os testes foram executados em um computador com processador Core i7 3960X Extreme Edition, em uma placa mãe Asus P979X Deluxe e 16 GB de memória Corsair DDR3/1600. O sistema operacional utilizado foi o Windows 7 Ultimate 64-bits. Todos os testes foram executados na resolução de 1920x1200 com anti-aliasing 4x.
Apesar disso, segundo os analistas do Gizmodo, a placa só não surpreendeu mais pela limitação do processador. Esse gargalo acabou segurando o desempenho da GTX 680 e não permitiu que 100% da sua capacidade fosse explorada.
O consumo de energia também surpreendeu: a nova GeForce GTX 680 foi a única a conseguir manter-se abaixo dos 300 watts de consumo de energia em capacidade total. Todos os testes foram executados em uma placa de referência (padrão). Portanto, é de se esperar que novas versões com clocks maiores de fábrica cheguem ao mercado em breve.
(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)
Kepler também terá versões para laptops
A nova família de GPUs da NVIDIA também estará presente nos laptops: os chamados ultrabooks receberão a nova geração GT 600M de aceleradores gráficos. O baixo consumo de energia da nova arquitetura promete um excelente desempenho nas plataformas móveis.
Serão sete modelos iniciais, indo de 48 a 384 núcleos CUDA e até 64 GB por segundo de taxa de transferência de memória, dobrando a capacidade se comparada com os chips da série GT 500M. Confira os modelos na tabela.
(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)
O que esperar da nova GeForce GTX 680
Muito se especulou a respeito da nova família de GPUs. Depois que a AMD tomou o reinado da NVIDIA com a até então soberana Radeon HD 7970, o mercado estava ansioso para saber o que a NVIDIA estava planejando. Quando anunciou o desenvolvimento da nova tecnologia Kepler, a ser construída em 28 nanômetros, muitos duvidaram que ela seria capaz de desbancar a concorrente.
Agora que ela chegou, os testes demonstram que ela veio não só para ser mais rápida: a nova arquitetura trouxe agradáveis novidades para o mundo dos aceleradores gráficos. Um menor consumo de energia aliado a novas tecnologias incluídas na nova arquitetura, como o GPU Boost, o sistema de destruição dinâmico, o Adaptive Vsync e o novo TXAA, certamente irão sacudir o universo dos games.
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