A farra dos jogos baixados ilegalmente na internet ou comprados por uma pechincha nos camelôs pode estar com os dias contados — e quem afirma isso é alguém que convive diariamente com o assunto.
Quem diz isso é a fundadora do grupo hacker chinês 3DM, conhecida em fóruns como Phoenix ou Bird Sister. De acordo com a hacker, jogos piratas podem desaparecer da indústria em dois anos, caso a atualmente já bastante avançada tecnologia que impede a produção e comercialização desses títulos continue progredindo.
"De acordo com as tendências atuais no desenvolvimento de tecnologias de criptografia, em dois anos eu receio que não haverá mais jogos gratuitos para serem jogados no mundo", explicou a hacker. Essa batalha ainda não é tida como perdida, mas os envolvidos na pirataria não estão tão otimistas assim: os esforços das desenvolvedoras são muito maiores do que para impedir cópias de filmes e músicas, por exemplo, esses já quase totalmente acostumados a conviver com o mercado paralelo.
O grande "vilão"
O que levou Phoenix a fazer a afirmação é o caso recente de Just Cause 3. O game utiliza uma tecnologia antipirataria da companhia austríaca Denuvo e ainda não foi crackeado com sucesso, o que tem surpreendido e irritado a comunidade hacker.
A proteção garante um sistema de criptografia secundário que protege os produtos. Ela parece cada vez mais eficiente, mas ainda é pouco usada por ser bastante cara — ao menos por enquanto. FIFA 16 (ainda sem crack, mesmo com três meses de mercado) e Dragon Age: Inquisition (que demorou um mês para ter a segurança burlada pelo grupo) também utilizam os serviços da Denuvo.
Duas coisas devem ser ressaltadas: para começar, dois anos é um tempo considerável e muita coisa pode mudar na indústria e na comunidade hacker nesse período. Além disso, apesar dos esforços cada vez maiores das empresas em proteger softwares e hardwares, as personalizações não param. Recentemente, um PS4 foi desbloqueado para rodar Linux e um 3DS XL conseguiu fazer funcionar um Windows 95 completo.
Via TecMundo Games.
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